domingo, 24 de outubro de 2010

Adolescência: partilhando a solidão

Artigo publicado na Coluna Opinião, da Gazeta de Piracicaba, de 24/10/2010:

Andrea R. Martins Corrêa

É preciso olhar com mais cuidado para nossos adolescentes.

Temos muitas informações sobre adolescência: uma fase de mudanças, de novas referências, de grupalização, de enfrentamento e timidez ao mesmo tempo, de encantamento com a sexualidade, de desejos e frustrações intensas. Apesar disso - ou até por isso -, não sabemos como lidar, como escutar ou mesmo falar com os adolescentes.

É urgente a necessidade de se criar canais de comunicação, incentivando os adolescentes a dizerem como vêem o mundo e o que dele esperam, como sentem a vida e o que pensam do futuro, como vivenciam as relações de amizade e de paixão.

Através de diversos tipos de grupos, seja na escola, na academia, na balada ou em família, os adolescentes criam uma forma própria de se comunicar, que não prescinde, no entanto, da atenção e do acompanhamento dos adultos. Podemos e devemos tentar compreendê-los, mantendo-nos perto e longe, firmes e afetivos, fortes e frágeis.

Muitas vezes cobramos dos adolescentes posturas mais maduras diante dos problemas que a vida traz, mas não oferecemos recursos suficientes para que eles aprendam ou se disponham a enfrentar as dificuldades.

Optamos, nem sempre conscientemente, pela solidão, que pode muito bem ser saudável em determinados momentos, mas que torna-se motivo de grande angústia quando impede constantemente o compartilhar: cada um em um quarto, cada qual no seu mundo.

Estar junto, partilhar as dores e sofrimentos, as alegrias e as vitórias, com palavras ou em silêncio, com gestos e olhares, com dúvidas, medo e vergonha ( muita vergonha! ), é ainda um caminho possível, uma trilha de pedras e cacos que pede nossa presença, paciência e amor.

Andrea R. Martins Corrêa, é psicóloga.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MEIMEI (Irma de Castro Rocha)

RESUMO BIOGRÁFICO: (*22/10/1922 - +01/10/1946)

Homenageada por tantas casas espíritas, que adotam o seu nome; autora de vários livros psicografados por Chico Xavier, entre eles: "Pai Nosso", "Amizade", "Palavras do Coração", "Cartilha do bem", "Evangelho em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe" etc... e, no entanto, tão pouco conhecida pelos testemunhos que teve de dar quando em vida, Irma de Castro - seu nome de batismo - foi um exemplo de resignação ante a dor, que lhe ceifou todos os prazeres que a vida poderia permitir a uma jovem cheia de sonhos e de esperanças. Meimei nasceu em 22 de outubro de 1922, na cidade de Mateus Leme - MG e transferiu residência para Belo Horizonte em 1934, onde conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade, tornando-se então, Irma de Castro Rocha. O casamento durou apenas dois anos, pois veio a falecer com 24 anos de idade, no dia 01 de Outubro de 1946, na cidade de Belo Horizonte-MG, por complicações generalizadas devidas a uma nefrite crônica.

A Origem da Doença

Durante toda a infância Meimei teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração dessas glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu em seu corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois o quadro complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão arterial e craniana.

O Sofrimento

Devido à hipertensão, passou a apresentar complicações oculares, perdendo progressivamente a visão e tendo que ficar dia e noite em um quarto escuro, sendo que nos dois últimos dias de vida já estava completamente cega. Durante os últimos dias de vida, o sofrimento aumentou. Tinha de fazer exames de urina, sangue e punções na medula, semanalmente. Segundo Arnaldo Rocha, seu marido, Meimei viveu esse período com muita resignação, humildade e paciência.

O Desencarne

Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.

Surge Chico Xavier
 
Aproximadamente cinqüenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha, profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita, descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium até aquele momento. Quase dez anos atrás haviam-no apresentado a ele, muito rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos. O que aconteceu ali, naquele momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido: "Chico olhou-me e disse: "Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei"... Afagando-me, com a ternura que lhe é própria, foi-me dizendo: "Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira." E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara, Chico lhe disse: - Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!"

E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas de Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela é a mesma Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus.

Enfim, para concluir, resta apenas dizer que "Meimei" era um apelido carinhoso que o casal Arnando-Irma passou a usar, após a leitura de um conto chamado "Um Momento em Pequim", de autor americano. Ambos passaram a se tratar dessa forma: "Meu Meimei". E, segundo Arnaldo, Chico não poderia saber disso.

(Meimei - expressão chinesa que significa "amor puro")

Materialização de Meimei

"Uma noite, sentimos um delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando percebi que o corredor ia se iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma lanterna. Subitamente, a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois, a sala iluminou-se novamente. No centro dela, havia como que uma estátua luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços e, elegantemente, etereamente, o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo cair uma cascata de lindos cabelos pretos, até a cintura. Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa! Levantei-me para abraçá-la e senti o bater de seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela acariciou o meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser. Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes, em sua tênue feminilidade, disse-me: - "Ora, meu Meimei, aqui também nos preocupamos com a apresentação pessoal! A ajuda aos nossos semelhantes, o trabalho fraterno fazem-nos mais belos e, afinal de contas, eu sou uma mulher! Preparei-me para você, seu moço! Não iria gostar de uma Meimei feia!"

Texto de Arnaldo Rocha. Trecho do livro "Chico Xavier - Mandato de Amor".
União Espírita Mineira - Belo Horizonte, 1992.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fotos da Biblioteca

Fotos da Biblioteca Infantil e Trabalhadoras


Da esquerda para a direita: Vitória e Benigna

Fotos dos Trabalhadores

Estas são as fotos de alguns dos nossos trabalhadores

Da esquerda para direita em pé: Glaucia, Ivan, Esther, Beth,
Valquiria, Benigna, Paulo e Assahi
Da equerda para direita sentados: Suzana, Demetrius,
Lucas Capovilla, Márcia, Nelise e Thais

Da esquerda para direita em pé: Glaucia, Ivan, Esther, Cidinha,
Beth, Valquiria, Benigna, Paulo e Assahi
Da equerda para direita sentados: Suzana, Demetrius,
Lucas Capovilla, Márcia e Nelise

"Pequeninos hoje, Esperança do amanhã."
(Beth, trabalhadora)

Fotos do Mural

Este é o nosso mural, que fica no corredor do andar térreo da nossa Casa.


Evangelização Infantil - NFS

Há tempos, que estavamos procurando uma forma carinhosa e alegre, de fazermos uma divulgação maior do nosso trabalho na Evangelização Infantil, do Núcleo Fraterno Samaritanos, São Paulo, Capital.

Daí surgiu a ideia de tirarmos fotos dos trabalhadores, e postarmos neste Blog da Evangelização, para que todos que aqui visitem, nos conheçam. E que compartilhem da nossa alegria e motivação de ajudarmos essas crianças e jovens.

As fotos que vocês visualizarem nos próximos posts, foram tiradas no último dia 09 de outubro de 2010, um sábado, em uma manhã fria.

Educar deve ser uma ação, antes de mais nadam recheada de
alegria e motivação! (Tatiana Benites)

Equipe da Evangelização Infantil
Núcleo Fraterno Samaritanos

Artigo - A bela e difícil arte de ensinar

Artigo publicado na Gazeta de Piracicaba, em 15/10/2010:

Varuna Viotti Victoria

Em qualquer tipo de trabalho é possível ter sucesso mesmo que não se goste muito do que faz.

Quando falamos porém de educar seres humanos este sucesso só pode ocorrer se quem educa ama de fato o que faz. Quando trabalhamos em especial com crianças este amor à profissão torna-se ainda maior. Não dá para fingir que gostamos de crianças porque elas percebem que é falso e não correspondem ao adulto que finge ter este amor.

Em outras áreas profissionais é até possível exercer uma profissão de forma adequada e ter sucesso mesmo que não haja um gostar verdadeiro pelo trabalho. Mas, quando educamos crianças e jovens é preciso amar muito o que fazemos.

Alguém pode até exercer bem tecnicamente o trabalho de ensinar seres humanos mas, certamente, por mais técnica e conhecimento que um adulto tenha sobre educação o resultado final esperado por quem educa nunca será o mesmo daquele obtido por um professor que ama o que faz.

O amor pela educação traz uma vontade muito maior de transformar através da arte de participar do aprendizado de alguém. O conhecimento técnico nunca vai ser suficiente para modificar comportamentos por ex, se o professor não tiver real vontade de ajudar nesta transformação. E a vontade não será suficiente se não houver amor pela profissão.

Quem assistiu o filme "Vem dançar" teve a oportunidade de sentir como o amor pelo ensino é capaz de transformar para melhor as pessoas. Este filme retrata um fato verídico acontecido nos Estados Unidos, no qual um professor de dança de salão, que tem uma academia particular de dança, conhece casualmente um jovem extremamente rebelde, que estava danificando o carro da diretora de seu colégio e resolve ir até à escola para conhecer a realidade daqueles jovens. Trata-se de uma escola de alunos difíceis que ficam confinados após as aulas por não terem condições de conviver socialmente pois apresentam sérios distúrbios comportamentais.

Este professor de dança resolve que vai tentar mudar a vida destes alunos através de aulas voluntárias de dança de salão. Faz a proposta à direção da escola, que a princípio ri muito de sua ideia ousada mas resolve dar-lhe uma chance. Os primeiros contatos com aqueles jovens rebeldes e sem esperanças na vida são terríveis. Eles só gostam de dançar rap, funk e o professor quer ensinar-lhes bolero, tango, etc.

Com a persistência deste professor voluntário, aos poucos, estes alunos rebeldes vão se interessando pela dança, vão ao mesmo tempo criando vínculos com alguém que realmente, sem interesse algum se importa com eles. Acabam se tornando ótimos dançarinos e até participam brilhantemente de um torneio de dança na cidade. Enquanto aprendiam as danças estes jovens foram descobrindo seus valores como pessoas, foram se transformando por causa deste professor que ama o que faz.

O filme mostra como o poder da educação certa é forte. Mostra que não basta apenas rotular maus alunos sem fazer nada para modificar comportamentos negativos.

O filme é baseado em um fato verídico e estas aulas de dança foram ampliadas e estendidas para várias escolas e os resultados estão sendo muito bons.

Este professor não apenas aproveitou adequadamente o gosto pela dança deles mas também lhes mostrou que poderiam aprender novas danças e que através delas, poderiam crescer como pessoas e se valorizar muito mais.

Que neste Dia do Professor, todos nós educadores tenhamos consciência plena do quanto é importante amar a difícil arte de educar e educar é isto: transformar a vida de pessoas para melhor.
Varuna Viotti Victoria - pedagoga

Educação

André Luiz

O amor é a base do ensino.
Professor e aluno, cooperação mútua.

O auto-aprimoramento será sempre espontâneo.
Disciplina excessiva, caminho de violência.

A curiosidade construtiva ajuda o aprendizado.
Indagação ociosa, dúvida enfermiça.

Egoísmo nalma gera temor e insegurança.
Evangelho no coração, coragem na consciência.

Cada criatura é um mundo particular de trabalho e experiência.
Não existe vocação compulsória.

Toda aula deve nascer do sentimento.
Automatismo na instrução, gelo na idéia.

A educação real não recompensa nem castiga.
A lição inicial do instrutor envolve em si mesma a responsabilidade pessoal do aprendiz.

Os desvios da infância e da juventude refletem os desvios da madureza.
Aproveitamento do estudante, eficiência do mestre.

Maternidade e paternidade são magistérios sublimes.
Lar, primeira escola; pais, primeiros professores; primeiro dia de vida, primeira aula do filho.

Pais e educadores! Se o lar deve entrosar-se com a escola, o culto do Evangelho em casa deve unir-se à matéria lecionada em classe, na iluminação da mente em trânsito para as esferas superiores de Vida.

Do livro O Espírito da Verdade.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Artigo - A Semana da Criança

Artigo publicado na Gazeta de Ribeirão, de Ribeirão Preto, em 14/10/2010

Nelson Jacintho

A criança merece ter um dia para ser comemorado porque entre os seres vivos, ela é o que mais nos mostra vontade de viver. A criança tem energia, tem vontade, tem alegria de viver. A criança tem vida exalando por todos os seus poros. Claro está que estou falando de uma criança ideal, uma criança que todo o pai gostaria de ter.

Infelizmente o que vemos hoje em dia é uma criança que eu poderia de chamar de miniatura de adulto. Por quê? Alguém diria. Porque a criança atual é uma criança cheia de responsabilidades, que não tem tempo para nada. A criança de hoje vai, ou é transportada para os mais diversos lugares durante o dia. Ela vai ao colégio, à aula de recuperação, à aula de inglês, à natação, ao balé, à aula de computação. Esqueci de alguma obrigação? Tenho certeza de que há crianças que fazem mais do que eu acabei de enumerar. Algum pai deve estar falando: ainda tem o judô, o kung fu e as aulas de ginástica dos colégios! Há mais alguma obrigação da criança atual? Com certeza deve haver!

Ao iniciar esta crônica me lembrei do meu tempo de criança, quando cresci correndo atrás da bola de pano, jogando com as bolinhas de gude (bolinhas de vidro), brincando de pique, de cabra cega. As meninas brincavam de amarelinha, de jogar peteca, de pular corda, de brincar de boneca! Nós fazíamos tudo isso e sobrava tempo para sermos bem educados pelos nossos pais, para estudarmos, para decidirmos o que queríamos ser quando adultos, para crescermos felizes e sem conflitos. Sabem por quê? Porque tínhamos os pais ao nosso lado, ajudando-nos, orientando-nos. Onde estão os pais de hoje?

Voltando à criança atual, nós verificamos que essas crianças, pequenos adultos em miniatura, como disse, carregam uma carga de responsabilidade quase que impossível de ser carregada. A diversão da criança atual fica no teclado do computador, na tela do monitor e da televisão. Enquanto o cérebro se desenvolve dirigido por apenas um estímulo, os músculos sofrem a atrofia da inércia. As crianças não sabem o que serão no futuro porque não têm tempo para pensar nele, nem a presença dos pais para orientá-las. de sua aptidão por falta de conhecimento.

O mundo está ficando muito severo com as crianças! A criança tem que voltar a ser criança, para que o mundo volte a ser feliz!

 
Nelson Jacintho pertence à Academia Ribeirão-pretana de Letras e é
coordenador do Grupo de Médicos Escritores e Amigos Doutor Carlos Roberto Caliento

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Artigo - DIA DAS CRIANÇAS - Um presente inesquecível para seu filho

Artigo publicado em 06/10/2010, no Jornal TodoDia, da região de Campinas

O Dia das Crianças está chegando e, por defender que as coisas que realmente importam na vida custam zero, é comum o recebimento de e-mails com questionamentos de alguns pais sobre qual melhor presente comprar. Muitos desses pais acabam usando a data comemorativa para aplicar a “lei da compensação” com seus filhos, tornando o dia um prato cheio de possibilidades para o comércio.

Não tem nenhum problema dar o vigésimo quinto carrinho para seu filho ou a trigésima terceira boneca para sua filha, se você brinca efetivamente com eles e seus brinquedos. Quando falo brincar, quero dizer aproveitar de verdade o presente, ou seja, sentar ao lado do seu filho e criar estradas no universo da imaginação para o carrinho passear; comer a papinha que ela faz para a boneca e sujar a roupa de tanto empurrar o carrinho de bebê pelos corredores da casa.

A maioria dos pais trabalha muitas horas por dia, saem cedo de casa, antes de o filho acordar e, quando retornam, a criança já dormiu, o que gera um sentimento de culpa que tende a tomar conta desse pai, dessa mãe. Com o objetivo de compensar a ausência, muitos compram o objeto de desejo do pequeno, nessa data e em todas as outras, sem perceber que a verdadeira vontade deles é ter a presença dos pais mais intensa quando chegam do trabalho, para brincar ou simplesmente perguntar com real interesse como foi o seu dia e estar disposto para ouvir a resposta.

Construir um vínculo com seu filho é o que reforça uma relação com significado e confiança. Capaz de gerar uma recompensa em beijos e afetos impagáveis. Porém, essa intimidade não se constrói baseado na quantidade de horas que você passa ao lado dos pequenos ou quem quer que seja, mas o que vai fortalecer a relação é a intensidade do momento que estão vivendo juntos. Comece comprometendo-se com você e use toda sua criatividade para criar momentos preciosos e intensos com as pessoas que ama. Não leve celular ou qualquer outro aparelho que possa lhe tirar a atenção das pessoas que realmente importam para você.

Pensando nisso, qual o melhor presente para o pequeno? Imagino que uma atividade cheia de alegria e valores, como um banho de mangueira, seja algo especial e único para dar ao seu filho. Pegue um dia de sol e curta ao máximo esse momento, saboreie cada gargalhada, cada gesto de felicidade que essa simples brincadeira pode proporcionar. Seu filho pode não se lembrar do primeiro brinquedo que ganhou e certamente não se lembra do último, mas o banho de mangueira será lembrado por toda sua vida. Como dizia o poeta “as coisas que realmente importam na vida, duram somente o tempo necessário para se tornarem inesquecíveis”.

Pense nisso em todas as datas que unem as famílias, como um grande amigo fez. Ele resolveu inovar na data de aniversário de seu filho, pois estava cansado da tradicional festa no buffet infantil, onde todos os afazeres e detalhes são terceirizados e o tempo de duração desta data tão importante é estipulado pela empresa. Então ele reuniu a esposa e o filho, e propôs um acampamento. A criança poderia convidar todos os amiguinhos para passar a tarde inteira brincando e, no final do dia, cada um montaria a sua cabana, barraca ou até mesmo espalhariam colchões pela sala para que todos pudessem dormir juntos. Com criatividade e custo zero foi possível curtir e participar muito mais ativamente da festa, tendo a oportunidade de dormir no meio da criançada e acordar com o olhar do seu filho sentindo orgulho do pai que tem. Isso sem falar do benefício de saber ainda mais o perfil dos amigos do seu filho.

Alguns pais podem pensar que curtir piquenique, ver pôr-do-sol, tomar banho de mangueira, parece uma atividade de preguiçoso, que é muito mais fácil e rápido comprar um brinquedo na primeira loja que entrar e tudo estará resolvido. Mas esse pai está deixando de herança para o seu filho o sentimento de angústia. Com essas atitudes, esse pai está o tempo todo dizendo para o seu filho, “seja um angustiado como eu”.

Pense nisso, e veja se de fato é esse o seu desejo para o futuro do seu filho. Saiba que a felicidade é um sentimento que aflora da parte mais íntima do nosso ser, e que a correria do dia a dia acaba insistindo em sufocá-la. A vida passa muito rápido para não curtirmos com as pessoas que amamos tudo aquilo que realmente importa. Então, não perca mais tempo, curta as coisas boas da vida e presenteie o seu filho com a atenção e carinho que ele merece, e no final sentirá que o maior presenteado foi você!
Anderson Cavalcante
Administrador de empresas com ênfase em
Marketing e MBCpela University of Florida

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

'AMIGOS DO ZIPPY' - Lippi vai para Londres receber homenagem

Matéria publicada em 02/10/2010, do jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba

O prefeito Vitor Lippi (PSDB) embarca no próximo sábado para Londres, na Inglaterra, onde será homenageado pela Partnership for Children, entidade que coordena o programa Amigos do Zippy no mundo. Além da distinção pública, Lippi fará palestra no dia 13 e apresentará um vídeo, de cerca de 5 minutos, mostrando para cerca de 200 pessoas de várias cidades do mundo, que também contam com o Amigos do Zippy, como funciona o projeto em Sorocaba.

A homenagem é em função de Sorocaba ter sido modelo para o mundo em três ações: aplicação do Amigos do Zippy em escola pública, criação do Amigos do Maçã, que é uma sequência do primeiro, e a implantação do programa Amigos do Zippy em Casa, que abrange os pais, a família do aluno.

Em Sorocaba, os Amigos do Zippy e Amigos do Maçã beneficiam 7 mil estudantes, de 7 e 8 anos, e o Amigos do Zippy em Casa envolve centenas de pais e responsáveis que participam mensalmente de reuniões. Como os filhos, eles conversam e aprendem a trabalhar a questão emocional, contribuindo para a melhoria do relacionamento.