tag:blogger.com,1999:blog-64637339762438670702024-02-21T00:01:06.481-03:00Evangelização InfantilAcabo de criar mais este espaço, que se destinará a todos os trabalhadores de Jesus, pais, crianças e jovens que acreditam ser possível, através da Evangelização Infanto-Juvenil, plantar pequenas sementes de amor, caridade, perdão, paz, alegria.
Tem como objetivo dividir idéias, trocar experiências, incentivando o amor e a dedicação na tarefa evangelizadora da Seara de Jesus.Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.comBlogger91125tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-92056690863630658942012-04-23T16:14:00.000-03:002012-04-23T16:14:30.430-03:00Pais precisam se envolver com a vida de seus filhos na internet<em>Jornal Folha de S.Paulo, de 23/04/2012</em><br />
<br />
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><strong>Entrevista da 2ª -</strong> <strong>Michael Rich<o:p></o:p></strong></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><em>Professor de Harvard diz que, por falta de intimidade com as novas
mídias, responsáveis deixam de preparar as crianças para o mundo digital<o:p></o:p></em></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-size: x-small;">MARCO AURÉLIO CANÔNICO<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: x-small;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">DO RIO<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Atordoados com um desenvolvimento tecnológico que não conseguem
acompanhar na mesma velocidade que seus filhos, os pais vêm se abstendo de
prepará-los para o universo digital, deixando-os expostos a riscos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O diagnóstico é de Michael Rich, 58, professor do Centro de Mídia e
Saúde Infantil da Universidade Harvard e um dos maiores especialistas
americanos nas interações de crianças com mídias diversas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ele veio ao Rio na última quinta para fazer uma palestra no 1º Encontro
Internacional sobre o Uso de Tecnologias da Informação por Crianças e
Adolescentes, organizado pela Universidade do Rio de Janeiro (Uerj).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Os pais precisam engolir seu orgulho e se
tornar aprendizes dos filhos na parte técnica, para que possam ser seus professores
na parte humana", disse Rich à <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Folha</span>.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pai de quatro filhos (os mais novos têm cinco e sete anos), Rich tem um
site (<a href="http://cmch.typepad.com/mediatrician"><b><span style="color: black;">cmch.typepad.com/mediatrician</span></b></a>) no qual tira dúvidas dos
pais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em entrevista à <b>Folha</b>, ele falou sobre como busca introduzir
dados científicos em uma discussão que ainda é guiada por valores morais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Folha - As crianças estão sendo apresentadas à tecnologia cada vez mais
cedo. Isso é ruim?<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Michael Rich</span></i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> - Não, mas também não é bom. O problema é que os
pais dão essas ferramentas para as crianças não porque elas precisem ou saibam
usar, mas por causa da pressão social e das próprias crianças. Os filhos dizem
"eu quero um iPhone porque todos os meus amigos têm um". <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Assim como você pensa em quando deve
mostrar para uma criança o que é uma serra elétrica, deveria considerar quando
e como vai apresentar a televisão, a internet, os celulares</b>.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há uma idade certa para as crianças serem apresentadas às mídias?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Varia de acordo com
cada mídia e cada criança. Escolhemos ferramentas diferentes dependendo da
idade, do estágio de desenvolvimento e das necessidades.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Temos pesquisas que
mostram que, antes dos 30 meses, crianças não aprendem muito por meio de telas.
Conseguem assistir e imitar o que veem, mas não identificam aquilo como uma
representação de uma realidade tridimensional. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O melhor software para as crianças está entre as orelhas delas: é o que
se coloca na cabeça delas em termos do que elas são como pessoas e como
cidadãos</b>.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O sr. diria que os pais em geral têm noção dos riscos que a exposição
das crianças à tecnologia pode trazer?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De modo algum. Eles não têm a menor ideia, muitas
vezes porque não querem saber.</span></i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eles sentem que as crianças
sabem muito mais do que eles, porque são nativos digitais, enquanto os pais são
imigrantes digitais, acabaram de chegar, não falam a língua, não entendem o
lugar. Os pais estão acostumados a ser os experts da família e sabem que, nesse
ambiente, não o são, então decidem não comprar essa briga, apenas dão o laptop,
o celular e pensam</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">"desde que
eles estejam no quarto, não vão se meter em problemas", o que é um erro</b>.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como eles podem se envolver na vida digital de seus filhos e até que
ponto devem fazê-lo?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os pais precisam se
envolver com a vida digital de seus filhos tanto quanto se envolvem com a vida
fora da rede. Um pai não deixaria o filho ir a uma festa em uma casa na qual
não sabe se vai haver bebida, drogas, armas. Do mesmo modo, não deveria deixar
o filho desacompanhado na internet. Como os pais não sentem-se confortáveis na
internet como seus filhos, os egos atrapalham. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eles precisam se permitir ser os aprendizes. Precisam sentar e jogar
videogame com eles, aprender a parte técnica e, aproveitando essa posição de
vulnerabilidade, discutir outros temas</b>.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas como lidar com o fato de que os jovens sabem esconder dos pais o que
fazem na internet?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A educação que recebem quando crianças é
fundamental, aí se formam os adolescentes que serão. É preciso construir neles
respeito por si mesmos e pelos outros. Isso vai se traduzir em comportamentos
saudáveis na web. Tentar policiar ou pegá-los em flagrante nunca vai funcionar,
eles sempre vão conseguir contornar as regras</span></i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os pais têm de
superar a distinção que fazem entre educação, que levam muito a sério, e
entretenimento, que tratam como se fosse um momento em que as crianças desligam
o cérebro.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fazemos grandes esforços para mandá-los para as
melhores escolas e achamos que, quando voltam e ficam jogando "Call of
Duty" [um dos mais populares jogos de tiro] por três horas, não estão
aprendendo nada, mas estão</span></i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Falando dos problemas da exposição de modo mais específico, quais seriam
os mais frequentes?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As crianças se metem
em problemas porque acham que são anônimas ou não rastreáveis na internet.
Fazem coisas naquele ambiente que nunca fariam pessoalmente, porque têm essa
ilusão de que ninguém pode identificá-las.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De uma perspectiva
médica, os dois maiores problemas são a obesidade e a ansiedade. A obesidade é
um problema mundial, gerado por estilos de vida pouco ativos e pelo marketing.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Do lado da ansiedade,
as crianças são cada vez mais pressionadas a fazer mais, conseguir mais, mais
rapidamente. Nos EUA, é recorde o número das que recebem medicação psiquiátrica
por problemas de déficit de atenção, ansiedade, depressão.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em sua palestra, o sr. disse que os pais não deixam que as crianças
fiquem entediadas, e que isso é ruim. Por quê?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O cérebro humano
busca novidades, sentir e experimentar novas coisas. O problema é que, se
formos constantemente estimulados pela televisão, pelos videogames e pela
internet, nunca aprendemos a ser reflexivos, criativos, a buscar a novidade
dentro de nós. É preciso tédio para chegar lá. Sair de casa também funciona. A
natureza é um grande estimulante.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os pais deveriam proibir que os filhos usassem celulares e internet em
algum momento?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Conheço gente que
determina uma espécie de pausa digital semanal, um dia no qual desliga tudo por
24 horas. E as famílias que fazem isso sentem-se incrivelmente libertas, porque
seus membros passam a interagir, conversar uns com os outros, coisas que nunca
fariam se estivessem com seus iPhones, laptops ou TVs.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há alguma mídia que tenha comprovadamente mais efeitos negativos sobre a
saúde das crianças?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para problemas
específicos há algumas mídias que interferem mais do que outras. Por exemplo, a
televisão pode estar mais ligada à obesidade, por conta da imobilidade, e os
videogames causam um aumento da ansiedade, porque você fica em um estado de
adrenalina constante. Mas isso varia muito entre crianças.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse discurso sobre os perigos das mídias pode ser sequestrado pelo
discurso político mais conservador?</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sem dúvida.
Invariavelmente os políticos usam isso a partir de um ponto de vista moral,
"as crianças não devem ver pessoas nuas, não devem ver violência", e
a solução deles é restringir, censurar. Não acho que criar leis resolve a
questão, o que resolve é educar.<o:p></o:p></span></i></div>
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: Times New Roman;">
</span></span></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Times New Roman;">Raio-X - Michael Rich<o:p></o:p></span></b></span></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<b><!--/KICKER--><!--TITULO--><!--/TITULO--><!--TEXTO - FSP//--><span style="font-family: Times New Roman;">FORMAÇÃO</span></b><br /><span style="font-family: Times New Roman;">
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;"><em>Graduação dupla em língua inglesa e cinema pela Faculdade Pomona, na
Califórnia, concluída em 1977. Chegou a ser assistente de direção do cineasta
japonês Akira Kurosawa antes de se formar médico pela Escola Médica de Harvard
em 1991<o:p></o:p></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Times New Roman;">CARGOS
ATUAIS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span><br /><span style="font-family: Times New Roman;">
<em>Professor de pediatria da Escola Médica de Harvard e professor de sociedade,
desenvolvimento humano e saúde da Escola de Saúde Pública de Harvard<o:p></o:p></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span><o:p></o:p></div>
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-25616066397366307792011-10-22T20:05:00.011-02:002011-10-22T20:15:25.415-02:00O Sol e o Vento<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O vento disse:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">-Provarei que sou o mais forte. Vê aquele velho que vem lá embaixo com um capote? Aposto como posso fazer com que ele tire o capote mais depressa do que você.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O sol recolheu-se atrás de uma nuvem e o vento soprou até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava, mais o velho segurava o capote junto a si.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Finalmente, o vento acalmou-se e desistiu de soprar.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para o velho. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Imediatamente o velho esfregou o rosto secando o suor e tirou o capote.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O sol disse então ao vento:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Lembre-se disso:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>A gentileza e a amizade são sempre mais fortes que a fúria e a força.</em></strong></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-37424844742278152402011-08-03T23:26:00.004-03:002011-08-03T23:32:51.441-03:00Eu te controlo, Tu me controlas<div style="text-align: justify;"><strong><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Filhos e pais se comunicam o dia todo, invadem a vida uns dos outros e, portanto não têm privacidade</span></em></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fatos bem estranhos começam a fazer parte de nosso estilo de vida. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pais contratam detetives para averiguar se o filho está ou não envolvido com drogas. Escolas colocam câmeras em quase todo o seu espaço, para que os alunos possam ser observados pela internet. E, principalmente, o telefone celular tem sido usado para controlar a vida de filhos, namorados, cônjuges.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> celular, hoje, é quase como uma extensão do corpo de muita gente. Jovens não conseguem viver longe dele, crianças já passam a se valer desse aparelho com regularidade e adultos o usam sem a menor parcimônia. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O problema é que o tipo de uso que estamos fazendo dessa tecnologia tem estragado muitos relacionamentos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando os pais estão trabalhando, por exemplo, muitas vezes são interrompidos pelos filhos que querem saber o que comer quando chegam em casa, como resolver um problema na escola, a que horas o trabalho vai terminar.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Do mesmo modo, inclusive quando o filho está na escola, muitos pais ligam querendo saber como as coisas estão indo, se o filho comeu o lanche, se tem companhia na hora do intervalo. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A separação entre pais e filhos em alguns períodos do dia, que permitiria a cada um cuidar da própria vida, está comprometida.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Filhos e pais se comunicam o dia todo, invadem a vida uns dos outros, controlam horários, atividades, companhia, compromissos e, portanto, não têm privacidade. Não é à toa que se esgotam nesses relacionamentos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E o que dizer, então, dos casais, seja um casal de adolescentes, que ensaiam seus primeiros passos nesse encontro afetivo com o outro, seja de jovens, que experimentam um relacionamento duradouro, ou daqueles que já estabeleceram um compromisso de vida juntos?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma adolescente me escreveu contando que sempre adorou usar o celular, porque gosta de falar com as amigas o tempo todo. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">gora que está namorando, sua vida virou um inferno - segundo suas próprias palavras. É que o namorado quer saber, pelo celular, cada passo que ela dá. Isso gera brigas porque, inclusive, ele reclama quando ela fala muito tempo com outra pessoa no aparelho.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E adivinhe, caro leitor, qual a dúvida dela. Ela quer ajuda para decidir se termina o namoro ou deixa de usar o celular! Construímos um dilema contemporâneo dessa maneira, não é verdade?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">N</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">esse mesmo tom, muitos casais controlam a vida um do outro. Quando um deles faz um programa sozinho - como sair com amigos, jantar com colegas de trabalho, fatos naturais na vida de qualquer um-, agora precisa passar todo o roteiro ao seu par, em tempo real. Quem está junto, a que horas chegou em casa, qual o caminho que fez, onde está. Que relacionamento sobrevive a isso?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Controlar a vida dos filhos os ensina a também controlar a vida dos outros. E quem consegue viver controlado o tempo todo? Ninguém, a não ser que não tenha autonomia, não ame a liberdade, não preze a vida própria. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quem se relaciona com o outro de modo possessivo ou permite ser objeto de posse do outro não consegue sustentar tal relacionamento por muito tempo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O telefone celular pode contribuir para o desenvolvimento de muitas competências pessoais, estreitar relacionamentos. Vamos escolher usar de um modo que, em vez disso tudo, vai prejudicar os relacionamentos que tentamos manter vivos? É uma escolha muito insensata, não é? </span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><hr noshade="" size="1" /></span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>ROSELY SAYÃO</b> é psicóloga e autora de</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)</span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-49732473744919836672011-08-03T23:16:00.003-03:002011-08-03T23:20:23.298-03:00FILHOS - Pedro e Paulo<div style="text-align: justify;"><em><b><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Artigo publicado no caderno Equilíbrio, do jornal Folha de S.Paulo, de 02/08/2011.</span></b></em></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em><b>O primogênito paga o preço de nossa inexperiência, insegurança e burrada</b></em></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em><strong></strong><br />
</em><b>Leia capítulo do livro 'Coração de Pai', de José Ruy Gandra, com histórias sobre a arte de criar filhos</b><br />
<br />
Hoje tenho dois filhos de idades, feições e mães diferentes. E os amo por igual. Pedro, o caçula, prestes a trocar suas fraldas por cuecas, é de uma timidez cativante. Paulo, por sua vez, o mais velho, é o adolescente padrão: hormônios, inconstância, doçura, ansiedade... Cada um é um, mas, repito, eu os amo por igual. Se tivesse, porém, de dizer qual deles mais me enternece, escolheria o primogênito. A razão? Bem, antes de mais nada, por ter sido ele o primeiro. Paulo levantou o véu. Fez de mim um pai.</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O primogênito desperta em nós um impulso darwinista: o de zelar para que essa criatura, um candidato a cidadão gerado com a fricção de nossos corpos, não morra -de medo, fome, frio ou sarampo. Esse papo pode soar estranho, mas é como funcionam as pulsões básicas graças às quais nossa espécie sobreviveu enquanto tantas outras desapareciam.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> primogênito é também nosso maior laboratório de acertos e burradas. Paulo não fugiu à sina. Foi meu órgão de choque; a cobaia involuntária de meus avanços e retrocessos na vida. Absorveu meus deslizes, minhas fantasias e mágoas. Foi um bravo!</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Outro detalhe, aos meus olhos paternos, o torna um herói. Como a maioria dos garotos de sua idade, Paulo integra a primeira geração pós-divórcio. Com pai e mãe apartados, teve de se habituar a ver a vida por um prisma bifocal. No início, brigou feito um leão para manter seu mundinho intacto - e seus pais, juntos. Depois, vencido, resignou-se. Pergunto-me se eu, criança, teria sido tão forte.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">P</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">or vários anos após a separação, mantive com ele uma relação delicada: cobranças, projeções, carências de parte a parte... Na festa de meu segundo casamento, vi claramente a satisfação e o desalento se misturarem em seus olhos azuis. A primeira devia-se ao fato de me ver feliz. O segundo, à constatação de que, naquele instante, a cisão de seu mundo se sacramentara de vez.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Aquele seu olhar marejado me perseguiu silenciosamente durante a gestação de Pedro. Como reagiria Paulo? </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Pois ele foi o primeiro a chegar à maternidade na manhã em que seu irmão nasceria. Mais tarde, longe de exasperar-se por ter de dividir o quarto na casa paterna com um bebê, presenteou o maninho com duas Ferraris em miniatura que eu mesmo lhe dera anos antes. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Que quarto, aquele... Kurt Cobain num canto. Buzz Lightyear no outro.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vi, enfim, que Paulo crescera -e aquilo pedia uma comemoração. No Carnaval viajamos, só nós dois, para a Itália. No Al Ceppo, um delicioso restaurante romano, eu lhe propus duas coisas: que tomássemos juntos um copo de vinho (talvez seu primeiro) e que ele fosse padrinho do irmão. Quando crescer, Pedro provavelmente abençoará essa escolha -se, como eu, perceber que, em muitos aspectos, foi graças ao brother que lhe coube a fatia mais doce desse bolo chamado paternidade. </span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><hr noshade="" size="1" /></span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>JOSÉ RUY GANDRA</b>, jornalista e historiador,</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">é pai de Paulo e Pedro, e avô de Rodrigo.</span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-75834667369577815072011-07-28T22:00:00.000-03:002011-07-28T22:00:17.699-03:00Mudança de Comportamento<div style="text-align: justify;"><em><strong>Artigo publicado no Caderno Equilíbrio, do jornal da Folha de S.Paulo, de 26/07/2011:</strong></em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Na crise dos seis anos, a criança manifesta sua angústia por meio de rebeldia, dependência e medo</em></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">MUITOS PAIS de crianças entre cinco e sete anos estão estranhando suas atitudes. "Minha filha está irreconhecível, fala palavrão e me desobedece", escreveu uma mãe. "Meu filho está com comportamento adolescente, se rebela contra mim o tempo todo", testemunhou outra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
É verdade: nessa fase da vida ocorrem mudanças. Algumas vezes reaparecem situações que aparentemente já haviam sido superadas. O medo, por exemplo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
A criança pequena expressa medo com frequência: do escuro, da bruxa, de ficar sem a mãe, de uma determinada música ou de um animal. Aos poucos, com o apoio firme dos pais, deixa de mostrar esse estado afetivo com tanta facilidade. Talvez não deixe de sentir medo, mas o enfrenta com recursos construídos ao longo do tempo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Mas, perto dos cinco, seis anos, o medo pode voltar a aparecer. A criança tem pesadelos e, no meio da noite, se desespera, procurando a cama dos pais ou a companhia de um deles em seu quarto. E os pais que têm filhos nessa fase sabem muito bem o que significa procurar: se parece mais com exigir. Ah! E como os filhos sabem fazer isso bem, não é verdade?</div><div style="text-align: justify;"><br />
Outro fato comum na vida da criança nessa idade é a necessidade da ajuda dos pais (da mãe, principalmente) para fazer coisas que, antes, fazia muito bem sozinha.</div><div style="text-align: justify;"><br />
A mãe de uma garotinha de seis anos contou que, agora, toda santa noite, a filha choraminga para colocar o pijama, diz que não consegue trocar a roupa sozinha. Alguém duvida que a garota consegue fazer a mãe colocar o pijama nela?</div><div style="text-align: justify;"><br />
Por que isso acontece? Entender o contexto desse momento do desenvolvimento infantil talvez melhore o relacionamento entre pais e filhos. Por isso, vamos pensar um pouco nessas crianças.</div><div style="text-align: justify;"><br />
O primeiro fato importante a ser lembrado é que essa idade sinaliza uma passagem: a da primeira infância para a segunda -e derradeira- parte dela. Isso a criança intui com precisão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Caro leitor, você acha que é fácil despedir-se dos primeiros seis anos de vida?</div><div style="text-align: justify;"><br />
Não, não é nem um pouco fácil perder a segurança, mesmo que ilusória, transmitida pela presença constante dos pais. E a criança sabe que, a partir de então, terá de começar a caminhar na vida com suas próprias pernas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
É isso que significa crescer, fato que irá dominar a vida da criança a partir dos sete anos, mais ou menos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
A criança vive, então, uma crise por volta dos seis anos. E o modo que ela tem de expressar o que sente, mesmo sem entender muito bem, é mudando seu comportamento. Muitas ficam bravas com seus pais, como bem contaram nossas leitoras citadas. O problema é entender essa braveza como manifestação de agressividade, como muitos pais fazem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
A criança fica brava com os pais porque sente que está para perdê-los, esse é o ponto principal. E reagir ao comportamento do filho de modo igualmente bravo -colocar de castigo, punir, reclamar- tem sido bem comum.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Se os pais entenderem que a rebeldia, a desobediência, a dependência e o medo que a criança manifesta nada mais são do que sinais da angústia da separação que está por vir, poderão aquietar o filho com mais paciência, mais carinho, mais firmeza e tranquilidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
E isso é tudo o que a criança precisa para saber que seus pais aceitam seu crescimento. E que irá contar com eles - em todos os sentidos- na continuidade de sua trajetória de vida.</div><div style="text-align: right;"><br />
<!--ORIGIN--><span><em><b>ROSELY SAYÃO</b> é psicóloga e autora de</em></span></div><div style="text-align: right;"><em><span>"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha) </span><!--/ORIGIN--></em></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-54015353987670276102011-07-28T21:44:00.001-03:002011-07-28T21:47:34.522-03:00Filhos Prediletos e Na ficção, preferências são assumidas<div style="text-align: justify;"><em><strong>Matérias do dia 19/07/2011, do Caderno Equilíbrio, do jornal Folha de S.Paulo:</strong></em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>É normal, acontece na maioria das famílias, mas os pais nunca admitem suas escolhas, o que pode complicar as coisas</em></strong> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><b>IARA BIDERMAN</b><br />
DE SÃO PAULO</span><br />
<br />
Você não faz diferença entre seus filhos. Mentira, dizem psiquiatras, psicanalistas e psicólogos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Como eles são do ramo e têm material para refletir sobre as histórias de milhares de famílias (tão iguais quanto diferentes da sua), não dá para descartar essa opinião -como somos tentados a fazer se um dos filhos reclama que o outro é o queridinho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"A maioria dos pais, se não todos, tem um filho preferido", diz à <b>Folha</b> a psicóloga americana Ellen Libby, do alto de sua experiência de 35 anos atendendo em consultório e no centro de saúde mental da Universidade de Maryland. "Mas são raros os que admitem isso", acrescenta ela, que é autora do livro "The Favorite Child" (sem edição em português).</div><div style="text-align: justify;"><br />
Antes que algum pai ou mãe se sinta culpado, é bom saber que para ela, como para outros especialistas ouvidos, não há nada de errado com a preferência em si.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"A pessoa não gosta nem de si mesmo todo o dia de forma igual, é impossível gostar igual de dois filhos diferentes", diz o psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Faz sentido, mas a lógica não é suficiente para fazer com que pais ou mães se disponham a escancarar esse assunto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Para a terapeuta de família Tai Castilho, a dificuldade é criada por que acreditamos (ou queremos acreditar) nos mitos da família eternamente feliz e do amor exclusivamente doador.<br />
<br />
<b>AMOR EM PARTES</b></div><div style="text-align: justify;">Forbes complica um pouco mais as coisas, dividindo o amor dos pais pelos filhos em duas partes, uma indecifrável e outra compreensível.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"O indecifrável é um amor sem palavras, é aquele que faz com que a pessoa dê sua vida pelo outro. Hoje, é quase risível dizer que você morreria pela revolução, mas não o é morrer para um filho, coisa muito mais delicada e próxima a você. O pai ou a mãe morrem por qualquer filho, é o amor que não distingue."</div><div style="text-align: justify;"><br />
Desse ponto de vista, não conseguimos conceber uma das crias como a preferida. Mas há outra parte na divisão, a do amor compreensível. Tem a ver com opções, gostos, comportamento.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"Todas essas características vão fazer com que o pai ou a mãe tenham maior afinidade com um ou outro filho. Afinidade quer dizer compartilhar dos mesmos fins. Se gostamos dos mesmos programas, vamos passar mais tempo juntos. Isso depende do gosto e não adianta reclamar, porque é assim mesmo que é a vida."</div><div style="text-align: justify;"><br />
Nessa parte, gostar igualmente de todos significaria que todos deveriam ser iguais. Algo que não cabe mais no mundo moderno, segundo Forbes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"Hoje, valorizamos as diferenças. A primeira negociação entre pais e filhos é legitimar as diferenças."</div><div style="text-align: justify;"><br />
Isso inclui reconhecer a preferência por passar mais tempo conversando com um filho que gosta dos mesmos temas que você ou ser menos exigente com o que se compromete mais com as coisas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"Favoritismo é escolha, mas, na maioria das vezes, é irracional: reflete nossas necessidades em determinada época, depende de como o filho responde a elas e da química que se forma entre a criança e o adulto", diz Libby.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Escolher sem conseguir explicar racionalmente os motivos incomoda. "Essa história de gostar igual tira a culpa de reconhecer que você tem maior afinidade por um filho", diz Castilho.<br />
<br />
<b>DRAMA PARA TODOS</b></div><div style="text-align: justify;">E haja culpa. O escritor Milton Hatoum, autor de "Dois Irmãos" (Cia. das Letras, 272 págs., R$ 42,50) em que a preferência explícita da mãe por um dos filhos gêmeos desencadeia o drama familiar, conta que já foi abordado por leitoras que não conseguiram terminar de ler o livro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"A escolha [do preferido] é um sofrimento para a mãe, para o escolhido e para o preterido. É um drama para todos e um dos grandes temas do romance moderno."</div><div style="text-align: justify;"><br />
Nem sempre termina em tragédia. Para Libby, ser o queridinho ou queridinha de um dos pais pode beneficiar a criança, aumentando sua autoestima, confiança e garra para atingir seus objetivos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
A pergunta que não quer calar: se for assim, os que orbitam em torno do favorito seriam desfavorecidos no desenvolvimento da autoconfiança e outros características desejáveis?</div><div style="text-align: justify;"><br />
Segundo Libby, isso não acontece se, primeiro, os pais forem honestos consigo mesmos e reconhecerem as preferências; segundo, se estiverem abertos para ouvir críticas quando estão privilegiando demais um dos rebentos e, terceiro, escolherem cada vez um filho diferente para ser o queridinho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"Cada filho nasce em um momento da história do casal e da família. Dependendo do momento, é mais fácil [para os pais] se identificar com um bebê ou com uma criança mais crescida", diz Castilho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Uma boa estratégia, segundo ela, é falar para cada um dos filhos que ele é o preferido. "Todo mundo quer esse papel."</div><div style="text-align: justify;"><br />
Até porque a posição traz vantagens imediatas. O estudante Bruno Figueiredo dos Santos, 21, se reconhece como o queridinho da mãe. "Sou mimado [por ela] e gosto. O lado ruim são as gozações de meus irmãos."</div><div style="text-align: justify;"><br />
A mãe, Ira Figueiredo dos Santos, 45, diz que os irmãos Rafael, 23, e Luisa, 13, têm essa mania. "Dizem que só faço algumas coisas para o Bruno. Ele foi caçula por sete anos, o mais novo sempre tem um mimo à parte."</div><div style="text-align: justify;"><br />
Mas há, na família, outros prediletos. Se Bruno é o da mãe, Rafael é apontado como preferido do pai. Já a mais nova é a favorita de todos, dizem eles. "Até a cachorra mima a Luisa", diz o pai, o economista Januário Figueiredo dos Santos, 51.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Dar atenção ao que os outros filhos estão dizendo, mesmo em brincadeiras, é uma forma de ajustar os excessos que podem anular os benefícios de ser o preferido.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Excessivo é, por exemplo, ter sempre o mesmo filho e só um dos pais como atores fixos e quase eternos do relacionamento privilegiado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"Quando a posição é fixa, o preferido, seus irmãos e os pais perdem a possibilidade de experimentar outros papéis e crescer", diz a psicanalista Leda Bolchi Spessoto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Muitas vezes, é mais fácil para aquele que não é o predileto tornar-se independente. Isso é uma das poucas vantagens que a estudante Fernanda Macedo, 20, reconhece em sua situação. Ela afirma que sua mãe prefere a outra filha, mais velha. Mariângela, a mãe, insiste que não é uma questão de privilégios, mas que afinidades existem.<br />
<br />
<b>PREJUÍZOS</b></div><div style="text-align: justify;">Ellen Libby afirma que, na maioria das famílias, não são as preferências "naturais" que vão causar problemas para os filhos na vida adulta.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"O prejudicial é quando o filho escolhido tem o papel de preencher um vazio do adulto e substituir o companheiro do pai ou da mãe. É o antigo mito de Édipo, que mata o pai e se casa com a mãe, ou sua contrapartida feminina, Electra."</div><div style="text-align: justify;"><br />
Outro prejuízo é a transformação do queridinho em uma pessoa manipuladora e que se acha no direito de receber tudo, sem dar nada em troca.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"A criança preferida é a que dá prazer ao adulto que mais a interessa. Aprende a agradar para ter mais privilégios e menos deveres", afirma a psicóloga Libby.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Se a escolha do filho favorito é o reflexo de um narcisismo exagerado dos pais, sobra problema para todo mundo, diz Forbes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"É quando o adulto só consegue manifestar carinho para aquele filho que é seu espelho. O filho que não recebe atenção causa 'problemas' e é visto pelos pais como retrato do próprio insucesso."</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b> </b></div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-size: large;">Na ficção, preferências são assumidas<br />
</span></strong><br />
<strong><span style="font-size: x-small;">JULIANA CUNHA</span></strong><br />
<span style="font-size: x-small;">DE SÃO PAULO</span><br />
<br />
A barra da saia materna é um grande cenário da ficção. O narrador de "Em Busca do Tempo Perdido" (1913), do francês Marcel Proust (1871-1922), fica por lá em boa parte dos sete volumes da saga.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Se a disputa pela barra se dá entre irmãos, pais escolhem um lado sem constrangimentos. É o que faz a "yiddishe mame" de "O Complexo de Portnoy" (1969), do americano Philip Roth. Enquanto o filho Alex é considerado muito inteligente, sua irmã, Hannah, é descrita como uma gordinha burra, porém esforçada. "A criança não é nenhum gênio, mas nós não pedimos a Deus o impossível", diz a mãe.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Mas quem fica com complexos profundos por conta dessa relação e sempre decepciona os pais é o protegido, não a "esforçada".</div><div style="text-align: justify;"><br />
Esaú e Jacó, tanto na "Bíblia" quanto no romance de Machado de Assis (1839 - 1908), são outro exemplo de disputa fraterna. Se na "Bíblia" a confusão acontece porque a mãe tenta beneficiar o mais novo (Jacó) em detrimento do mais velho (Esaú), que teria mais direitos, em Machado o jogo é invertido. A disputa é política. A mãe, agora, é o Estado, em uma época em que valores como a supremacia do mais velho não têm a mesma validade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Mas, como a escritora inglesa Jane Austen (1775 -1817) é otimista, também há casos em que a predileção acontece sem maiores consequências. Em "Orgulho e Preconceito" (1813), o pai adora a filha Elizabeth e a mãe protege Kitty e Lydia. Todas, no entanto, se amam, se casam e são felizes no final.</div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-43231985608087724142011-06-25T16:32:00.000-03:002011-06-25T16:32:43.348-03:00A Importância da Evangelização<em><strong>por Rosana Verzignassi</strong></em><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Como é de conhecimento de todos nós, a criança tem um papel muito importante no futuro da humanidade. Esta realidade nos faz pensar e analisar o quanto foi feito e ainda há por fazer. E nós já demos os primeiros passos. Vemos que várias crianças estão preocupadas com este futuro; e estão conscientes que este mundo será para elas, tornam-se preocupadas com justiça, solidariedade, ecologia, etc.<o:p> </o:p></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Vários segmentos religiosos se preocupam com este futuro. Para nós, no Espiritismo, não poderia ser diferente.<o:p> </o:p></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Não conhecemos a vida só do berço ao túmulo, mas sabemos que nossos espíritos não têm a idade do nosso corpo, mas sim séculos e séculos, portanto, se o nosso espírito é milenar, o de nossas crianças também. Aprendemos entre tantas coisas nesta Doutrina maravilhosa, que a cada existência vamos adquirindo mais conhecimentos e experiências; não regredimos, podemos estacionar, mas regredir, jamais.<o:p> </o:p></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">“O Livro dos Espíritos” explica que a infância é um período que o espírito se torna maleável, mais fácil de adquirir virtudes, recebe melhor o conselho dos pais. Fala-nos também da grande responsabilidade dos pias na educação dos seus filhos, dando-nos até um consolo: se tudo fazemos e ensinamos aos nossos filhos e eles não fizeram bom uso de nossos conselhos, a vida se encarregará de lhes mostrar o caminho, muitas vezes, pela dor.<o:p> </o:p></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Jesus nos disse “A quem muito se deu muito será pedido”. Quando ouvimos isso, trememos: O que será que Ele vai nos pedir<span style="font-family: Symbol; mso-ascii-font-family: "Times New Roman"; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: "Times New Roman"; mso-symbol-font-family: Symbol;"><span style="mso-char-type: symbol; mso-symbol-font-family: Symbol;">?</span></span> Nada do que não possamos oferecer; ora, se acreditamos no Espiritismo, se recebemos tanto dele, por que não oferecer esta dádiva às nossas crianças, fazendo com que desde pequenas conheçam um Deus que é amor; não um tirano que nos castiga e nos manda pro inferno, ensinando-lhes que amando seus semelhantes e a natureza, é amar e respeitar a Deus, e a partir dessa base será fácil encaminhar os outros assuntos que virão vida afora.<o:p> </o:p></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Richard Simonetti, no livro “A Constituição Divina”, nos diz que a Evangelização Espírita tem condições de mudar certas atitudes nas crianças, para que mais tarde não entrem no vício, mas, essa mudança não é porque obrigamos a isso ou aquilo, ou que se não fizerem pagarão caro por isso, mas porque ela nos dá conhecimento das leis naturais e assim, conhecendo-as, conhecerão naturalmente as conseqüências.<o:p> </o:p></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Geralmente queremos resultados rápidos de tudo o que fazemos na vida, mas às vezes, os resultados são lentos, contudo duradouros. Vejamos por exemplo, um caso de um curso japonês para se aperfeiçoar em matérias escolares. Ele não tem um tempo certo para terminar, respeita a individualidade de cada criança; não terá uma uma festa de formatura, mas os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo do curso são duradouros (fixam no cérebro para sempre). Assim é a nossa Evangelização; os resultados vão aparecendo aos poucos e ficarão para a vida toda.</div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-45201181691361897032011-04-22T14:47:00.005-03:002011-04-22T14:49:16.738-03:00A tragédia de Realengo e a Páscoa judaica, de David Weitman<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Artigo publicado, na seção Tendências/Debates, da Folha de S.Paulo, de 22/04/2011:</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Devemos cercar nossos filhos com o calor que só o amor emana; precisam se sentir membros da família, da comunidade e da sociedade</em></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já houve épocas em que "levar bomba" na escola poderia ocasionar, no máximo, uma severa repreensão dos pais e a perda de um ano de estudos. Atualmente, a bomba é literal.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">Estamos nos dias da Páscoa, quando a Lei Judaica nos obriga a se abster de qualquer pão convencional (fermentado) e a consumir apenas a matsá (pão ázimo), lembrando a libertação do povo judeu da escravidão do Egito. Ambos são elaborados com água e farinha, mas o pão cuja massa cresceu simboliza o orgulho; a matsá, o pão achatado, simboliza a humildade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Ordenou o Criador: "E cuidareis do pão ázimo" (Êxodo 12:17), para que a matsá não fermente. Na prática, existem duas formas para você inibir a fermentação natural:</div><div style="text-align: justify;"><br />
a) Antes de começar a inflar, pegamos a massa e rapidamente a colocamos no forno.</div><div style="text-align: justify;"><br />
b) Basta continuarmos a sovar a massa, trabalhando-a sem parar, não permitindo que ela fique "ociosa" -mesmo por horas-, e ela não fermentará.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Nossas crianças e nossos jovens são a massa mais preciosa que temos. Assim como, por natureza, qualquer massa fermenta e incha, de forma similar a criança, apesar de pura, é propensa ao egoísmo e pode tender para a maldade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
É nossa obrigação cuidar dessas massas jovens para elas não fermentarem nem azedarem, pois uma criança que se sente rejeitada pode causar danos irreversíveis à sociedade. O judaísmo, como falamos, oferece duas alternativas para inibir a fermentação do caráter e a tendência para a arrogância e a maldade: o calor do forno e o trabalho com a massa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Analogamente, devemos cercar nossos filhos com o calor humano que somente o amor emana. Eles precisam sentir-se queridos e membros orgulhosos e ativos de algo maior: família, comunidade e sociedade. Querem amar e ser amados, conhecer o calor e a intensidade dos relacionamentos familiares.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Trabalhar a massa significa fazer com que os nossos jovens se interessem pelas coisas. Que estejam ocupados com assuntos bons e positivos. A ociosidade é extremamente perigosa para eles. Temos que dar a eles muitas responsabilidades para cumprir a fim de que não tenham tempo nem sequer para pensar em errar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Na triste tragédia da escola de Realengo, o assassino foi descrito pelos colegas como uma pessoa tímida e calada. Porém, numa análise mais profunda, percebe-se que ele cresceu sem o calor familiar necessário. Passou por vários braços e sofreu decepções e rejeições na vida. Também ficava horas e horas em frente à tela do computador.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Uma vez que a tecnologia é desprovida de moral e não produz pessoas melhores, essa ociosidade e essa falta de "calor do forno" fizeram a massa fermentar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Há décadas, o Rebe de Lubavitch, líder mundial judaico, já dizia: "Ao contrário do senso comum, que considera as crianças potenciais seres humanos, incapazes de atingir o seu valor completo antes da maturidade, a tradição judaica as vê como dignas e merecedoras do nosso tempo, já que personificam a pureza de propósitos, sinceridade, fé e amor à vida".</div></span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em><span style="font-size: x-small;"><b>DAVID WEITMAN</b>, rabino da Congregação Beit Yaacov, São Paulo.</span></em></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-60594918716318278752011-04-09T20:03:00.009-03:002011-04-09T20:19:20.258-03:00Aniversariantes de Abril<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMN6Kwrxl1Z7ei-ZvxhyctnoiB_9TO5M3NjuTzhKUk6yuDuG8ttOhog3antpbYzVnWOfCPPQM6AjhKFwwfw7A6ffhfpi3dWbkttO0H1qbwYbaOW6eDjN79B2J_RKzpGYjkNnSLyCRKtfK4/s1600/NIVER2.jpg" imageanchor="1" style="cssfloat: left; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMN6Kwrxl1Z7ei-ZvxhyctnoiB_9TO5M3NjuTzhKUk6yuDuG8ttOhog3antpbYzVnWOfCPPQM6AjhKFwwfw7A6ffhfpi3dWbkttO0H1qbwYbaOW6eDjN79B2J_RKzpGYjkNnSLyCRKtfK4/s200/NIVER2.jpg" width="175" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><em><span style="font-family: Verdana;"><strong> <span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">01</span></strong></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> - Silvia (Evangelizadora do Primário)</span></em></div><div style="text-align: justify;"><em><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong> 02</strong> - Ana Paula (mãe da Beatriz, do Primário)</span></em></div><div style="text-align: justify;"><em><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong> 04</strong> - Benigna (Evangelizadora)</span></em></div><div style="text-align: justify;"><em><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong> 10</strong> - Breno (Jardim)</span></em></div><div style="text-align: justify;"><em><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong> 18</strong> - Victor (Jardim)</span></em></div><div style="text-align: justify;"><em><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong> 25</strong> - Beatriz Giannoni (Primário)</span></em></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-69782937294927601032011-04-09T19:35:00.001-03:002011-04-09T20:12:22.674-03:00Oração Infantil (Para o Anjo da Guarda)<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu anjo da guarda,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">dourado como o sol, suave como a lua,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">segue-me quando eu for à escola,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">quando estiver em casa, quando brincar na rua...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vela meu sono de noite,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">guia meus passos de dia;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">dá-me tua paz, teu carinho, tua alegria...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quero estar sempre em tua companhia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Você é tudo para mim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quero aprender com você a amar as plantas,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">os minerais, as pessoas, os animais...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ter bons sentimentos,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">pensamentos puros, enfim,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a amar a Deus sobre todas as coisas.</span>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-83884022119477836642011-03-24T21:26:00.001-03:002011-03-24T21:27:01.204-03:00Um vestido que modificou uma vila<div align="justify"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um professor dava aula a crianças muito pobres numa escola da periferia. Havia entre ela uma menina muito bonita que lhe chamava atenção por estar sempre suja e com a roupa rasgada. Comovido, o professor resolveu comprar um vestido e dar-lhe de presente. A menina ficou tão contente com o presente que logo o vestiu.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Verdana;">Quando a mãe da menina a viu com uma roupinha tão linda, percebeu que não ficava bem a filha vestir um traje novo estando tão suja; passou então a dar banho na filha todos os dias, cuidando melhor de sua aparência.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Verdana;">Após uma semana, tendo o pai observado sua filha bem arrumada, comentou com a mulher:</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Verdana;">- Estou envergonhado de ver nossa filha tão bonita e bem-arrumada morar nesta casa caindo aos pedaços. Vou pintar as paredes e fazer alguns consertos necessários para melhorar nosso lar.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Verdana;">Por sua vez a mulher, percebendo a casa mais bonita, começou a arrumá-la melhor, criando até um lindo jardim na frente.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Verdana;">Os vizinhos, assim que notaram as mudanças, também começaram a pintar suas casas... E dessa forma a vila inteira foi modificada.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><strong><em><span style="font-family: Verdana;">Grandes mudanças começam com pequenas iniciativas.</span></em></strong></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-80630093335790161042011-03-19T19:18:00.001-03:002011-03-19T19:18:53.600-03:00Seu filho é ‘problema’?<div style="text-align: justify;"><em>Artigo publicado em 15/03/2011, no caderno Equilíbrio, do jornal Folha de S.Paulo</em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Todas as crianças, sem exceção, perdem o controle, fazem birra e arrumam encrencas de vez em quando</em></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">"Meu filho é um problema" é uma frase pronunciada com bastante frequência por muitos pais. Professores também falam dessa maneira em relação a alguns de seus alunos.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A maioria dessas crianças não é um problema: elas causam problemas para os seus responsáveis porque exigem uma atenção especial em seu processo educativo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De vez em quando, todas as crianças, sem exceção nenhuma, se descontrolam, fazem birra, atrapalham o que o grupo faz, desorganizam o ambiente e arrumam encrencas verbais ou físicas com outras crianças. Todas elas procuram resolver seus conflitos à força, usam e abusam de sua capacidade de provocação e testam até o limite os valores dos adultos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem: há crianças que fazem essas coisas quase que o tempo todo. São essas as chamadas de "problemáticas" ou difíceis.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Algumas dessas crianças, inclusive, foram encaminhadas a médicos, psicólogos e outros especialistas, ganharam algum tipo de diagnóstico e estão sendo medicadas e/ou tratadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entretanto, muitas delas continuam criando situações problemáticas para os adultos responsáveis por sua educação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No filme nacional chamado "O Contador de Histórias", um adolescente que vivia em uma instituição foi considerado "irrecuperável". Mas ele teve a sorte de encontrar uma mulher que não aceitou o destino planejado para ele e decidiu lhe oferecer uma chance.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A história mostrada no filme é inspirada em fatos reais. Hoje, aquele adolescente é pedagogo e um contador de histórias conhecido internacionalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As crianças chamadas de problemáticas ou difíceis merecem, da parte dos adultos que as educam, a mesma compaixão que o personagem do filme recebeu. Empreitada difícil? Sim, sem dúvida alguma. Por isso, vamos nos dedicar a refletir a esse respeito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Muitos afirmam que algumas dessas crianças fazem o que fazem "apenas" para chamar a atenção.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pode ser verdade, já que muitas delas só conseguem atrair o olhar dos adultos que com elas convivem quando assim agem. Então, uma boa saída a oferecer a essas crianças não seria exatamente dar a elas o que elas pedem e precisam?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não se trata, aqui, de aceitar o que a criança faz de errado. Ela consegue entender que ela não se resume àquilo que faz, quando o adulto a ajuda a perceber a diferença entre essas duas coisas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Outra possibilidade que, combinada com a anterior, costuma funcionar é o adulto ter o entendimento de que essas crianças precisam de disciplina e firmeza. E que disciplina e firmeza são coisas muito diferentes de castigos e exaltação de ânimo. Ser firme é bem diferente de ser bravo, não é?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Finalmente: essas crianças devem ser tratadas como crianças que são -e não como alguns adultos que acatam o que lhes dizem e se esforçam para mudar seu comportamento.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com as crianças precisamos, todo santo dia, agir como se fosse a primeira vez que elas tivessem feito aquilo que fizeram, mesmo que elas já tenham ouvido que não deveriam fazer.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O mais importante é ensinar a essas crianças que existem para elas outras escolhas, melhores. Afinal, quem é que não gosta de ser escolhido como companhia em vez de ser rejeitado?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É isso que essas crianças precisam aprender: que o seu comportamento faz com que outras crianças e até adultos evitem a companhia delas. E é bom saber que quem aprendeu a obter atenção dessa maneira não consegue mudar de estilo com facilidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Paciência, perseverança, insistência, firmeza, serenidade e compaixão: são esses os ingredientes necessários para aqueles que têm a responsabilidade de educar essas crianças.</div><div style="text-align: right;"><br />
<em><strong>ROSELY SAYÃO</strong> é psicóloga e autora de</em> </div><div style="text-align: right;"><em>"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)</em></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-4255154954042951522011-03-11T17:48:00.000-03:002011-03-11T17:48:35.733-03:00Criança doente quer...<div style="text-align: justify;"><strong><em>Artigo publicado em 01/03/2011, no caderno Equilíbrio, do jornal Folha de S.Paulo</em></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Além de remédios e cuidados, filhos doentes precisam da serenidade e da paciência dos pais</em></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">PAIS DE CRIANÇAS sempre estão às voltas com doenças de seus filhos. Ora é uma gripe, uma infecção de garganta, febre, tosse, dificuldades respiratórias, dor de barriga, diarreia etc. Ah! E sempre é preciso contar também com pequenos ferimentos, fruto de quedas, tropeços e até de pequenas brigas.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em toda casa em que há crianças, há sempre uma pequena farmácia: xaropes, antitérmicos, termômetro, inalador, umidificador de ar, gaze, esparadrapo, entre outros medicamentos e apetrechos, têm presença quase obrigatórias nessas casas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É comum criança pequena perder a fome quando adoece. É que seu organismo precisa de energia para lutar contra a doença e não pode desperdiçá-la com o trabalho digestivo, não é verdade?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas uma gostosura feita com pouco açúcar e muito afeto sempre dá uma força extra para a criança.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A criança, quando está doente, precisa de muita, muita atenção e de carinho de seus pais ou parentes queridos. É que, com a doença, por mais simples que ela seja, chegam sensações não muito agradáveis de se conviver. A insegurança, o medo, a sensação de desamparo e a inquietação são algumas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se o adulto sente tudo isso nessa hora, por que haveria de ser diferente com os mais novos?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Então, além da visita ao médico de confiança e dos cuidados e remédios que ele prescreve, tudo o que o filho precisa nessa hora é da serenidade dos pais, de sua firmeza ao dar os remédios receitados e de muita, muita paciência deles. Colo: é disso que a criança precisa e quer.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Colo conforta, colo alegra, colo energiza a criança debilitada. E quando digo colo não me refiro apenas ao ato de pegar a criança.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ler uma história para ela, relembrar um episódio engraçado, passar a mão em sua cabeça e até encorajá-la nas piores horas são excelentes remédios -ou melhor, colos- que os pais podem dar a seus filhos como uma ajuda importante em busca da recuperação da criança.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A base do excelente trabalho do grupo "Doutores da Alegria" é exatamente essa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas, e quando os pais trabalham e não podem se ausentar de seus compromissos profissionais? Bem, se a realidade é essa, sempre é possível encontrar maneiras de se fazer presente na vida do filho mesmo na ausência.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pequenos bilhetes carinhosos deixados com ele, telefonemas rápidos só para desejar melhoras, as refeições preferidas dele deixadas prontas são alguns exemplos. É bom lembrar que a casa, para a criança, representa seus pais, mesmo quando eles lá não estão. Por isso, só o fato de estar em casa já é um conforto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje, não é em casa que muitas crianças doentes ficam. Elas são levadas para a escola por seus pais. E pasme, caro leitor: algumas mães levam junto com o filho doente a receita médica e os remédios para que os professores deem para a criança. E mais: algumas mães até dizem que precisam que a escola faça isso porque elas próprias não conseguem. Lugar de criança doente não é na escola! Para a segurança física e emocional dela, convém lembrar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quem tem filhos deve saber que uma hora ou outra uma doença sem gravidade vai aparecer. E que isso significa noites mal dormidas, cansaço a mais, dedicação e cuidados especiais e mudança na rotina familiar. Não há como ser diferente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Essas doenças leves logo passam. Mas a sensação de abandono que a criança doente deixada na escola por seus pais sente pode ficar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><strong>ROSELY SAYÃO</strong> é psicóloga e autora de</div><div style="text-align: right;">"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)</div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-70012000831947415982011-02-26T20:15:00.000-03:002011-02-26T20:15:56.367-03:00Artes infantis<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como você costuma reagir às artes dos seus filhos? Você é daqueles que acredita que as crianças devam ser bem disciplinadas para se tornarem adultos responsáveis?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Você está certo. Contudo, o que deve se considerar é como a disciplina é imposta aos pequenos.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esta é a história de um escritor brasileiro que narra sua experiência pessoal, acontecida lá pelos seus sete ou oito anos de idade. Hoje ele já conta mais de oitenta.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele morava, com os pais, a poucos metros de distância dos trilhos do trem. Era um garoto retraído e meio caladão.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, um belo dia resolveu testar a sua força e pontaria. Escolheu para alvo o trem que passava. Pegou uma pedra, mirou e atirou.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acontece que era um trem de passageiros. A pedra quebrou uma vidraça. Felizmente não atingiu ninguém.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando o trem chegou à estação seguinte, telefonaram para aquela onde vivia o garoto e, naturalmente, não foi difícil descobrir o autor do ato terrorista.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os pais não eram dados a castigos corporais, mas o pai decretou um castigo terrível para o filho. Deveria ficar sentado à vista de todos, no alto de uma pilha de dormentes de madeira, à beira da linha do trem.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O menino se sentia humilhado. E o pior de tudo é que não estava entendendo a razão de todo aquele castigo. Afinal de contas, ele só jogara uma pedra no trem.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lá pelas tantas, porém, se aproximou um empregado da estação ferroviária. Subiu os dormentes e se sentou ao lado dele.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não trouxe palavras de condenação ou de censura. Também não desautorizou a providência punitiva do pai. Mas explicou, de forma adulta, que o gesto impensado poderia ter ferido, talvez até matado alguém, no trem.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que ele pensasse nas consequências. Alguém poderia ter ficado cego ou muito ferido com a sua arte.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao concluir o seu depoimento, recordando desse momento infantil, o escritor confessa que nunca mais jogou pedras em ninguém, embora tenha levado algumas pedradas pela vida afora.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas o que ele recorda e com muita gratidão, apesar de tantos anos passados, é que aquele homem foi a primeira pessoa que, em vez de repreender, censurar ou criticar, lhe falou como um adulto. De homem para homem, sem ironias, ou agressividade.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acima de tudo, explicou a ele a situação. Isso lhe permitiu entender o porquê da penalidade que estava sofrendo.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">* * *</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes de qualquer crítica apressada ou condenação, é indispensável ouvir os filhos.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É importante que eles expliquem as suas razões, da mesma forma que os pais, na qualidade de educadores, devem explicar o erro que eles cometeram.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitas vezes, somente o fato dos filhos descobrirem que cometeram uma falta, já lhes constitui penalidade suficiente porque a consciência os acusa.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que equivale a dizer que, melhor do que qualquer castigo, sem diálogo, vale uma boa explicação acerca de consequências, perigos e responsabilidade.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como dizem: É conversando que a gente se entende...</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em><strong>Redação do Momento Espírita</strong>, com base no cap. 12 do</em></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>livro Nossos filhos são Espíritos, de Hermínio Miranda, ed. Arte e cultura.</em></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Em 15.02.2011</em></strong></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-2260356255860492322011-02-26T19:57:00.007-03:002011-02-26T20:08:01.032-03:00Trote e habilidades sociais<strong><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Artigo publicado no dia 22/02/2011, no jornal Folha de S.Paulo, no caderno Equilíbrio</span></em></strong><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><strong><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É o processo de socialização que vai determinar o desenvolvimento cognitivo da criança</span></em></strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>NESTA ÉPOCA DO ANO, não há como não reparar nos trotes universitários. Em toda esquina com semáforo próxima a uma faculdade vamos encontrar, invariavelmente, grupos de calouros pintados.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Eles pedem dinheiro aos motoristas, acompanhados de perto pelos olhares dos alunos veteranos.</em></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em><br />
Alguns desses calouros participam alegremente da brincadeira, mas outros não.</em></span> </div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>É claro que não são raras as vezes em que podemos perceber que há alguns excessos da parte dos veteranos.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Pintar um ou uma colega pode até ser, de fato, um rito de passagem. Entretanto, atirar ovos, jogar pó de café, mel e farinha nos cabelos das garotas, derrubar potes de tinta no rosto dos rapazes -inclusive nos olhos-, passar a tesoura nas roupas deles não podem ser considerados outra coisa que não abuso.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Por isso, sempre fico envergonhada e constrangida quando cruzo com esses grupos nas esquinas da cidade.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Na semana passada, parei em um cruzamento e um calouro se aproximou de meu carro. Seu rosto estava tão alterado que eu decidi trocar umas palavras com ele, coisa que não costumo fazer.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Perguntei se eu poderia ajudá-lo de alguma outra maneira que não dando dinheiro a ele. O jovem ficou olhando para mim por alguns segundos, em silêncio, e em seguida disse que eu poderia tirá-lo dali.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Confesso que fiquei sem ação, paralisada e impressionada tanto com a expressão facial do garoto quanto com a sua resposta.</span></em><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>O semáforo abriu, precisei andar alguns metros até encontrar um local para estacionar o carro e voltei caminhando até o grupo, em busca de meu interlocutor.</em></span></div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Não consegui mais reconhecê-lo em meio a tantos calouros cobertos de tinta. Até hoje não consigo esquecer do pedido de socorro que ele me enviou e que eu não consegui atender.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Parecia uma criança assustada e sentia-se impotente para sair de uma situação muito difícil e opressiva.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Já vi, muitas vezes, expressões desse tipo estampadas nos rostos de crianças enroscadas em suas crises de birra ou de briga com colegas.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Depois que elas entram nesse tipo de situação, é muito difícil saírem delas sem a ajuda firme e serena de um adulto. Mas, além de conter situações desse tipo, os adultos precisariam fazer mais: ensiná-las a conviver, a desenvolver aquilo que chamamos de habilidades sociais.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Em tempos das chamadas redes sociais, que são contextos virtuais muito próximos dos mais novos, inclusive de crianças, tem sido bem difícil tanto para pais quanto para professores ter a compreensão da importância desse aspecto da educação.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Mais difícil ainda tem sido entender o quanto tal desenvolvimento influencia o crescimento intelectual e emocional dos mais novos. Temos tentado estimular o aprendizado cognitivo das crianças desde que elas são bem pequenas, mas temos dado pouca atenção ao seu processo de socialização. E é esse último que determina o maior ou menor desenvolvimento do primeiro.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>O calouro que se sentia humilhado e impotente para sair da situação em que fora colocado por seus pares faz parte de uma geração que tem se socializado praticamente sozinha, sem grande ajuda de nossa parte. Sua reação e a atitude de seus pares mostram a falta que faz a nossa presença nesse processo. Isso é um alerta que deve promover nossa reflexão.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>A Unesco, em seu documento a respeito da Educação para o século 21, aponta o que chamou de "Quatro Pilares" como os conceitos definidores do desenvolvimento humano. São eles: "Aprender a ser, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a conhecer".</em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São conceitos interligados, por isso precisamos dar atenção especial aos ensinamentos de como ser e de como conviver. Sem eles, não há conhecimento cognitivo que sirva para alguma coisa.</span></em></div><div style="text-align: right;"><br />
<em><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>ROSELY SAYÃO</strong> é psicóloga e autora d</span>e</span></em><br />
<em><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)</span></em></div></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-44553594346923973252011-02-26T19:47:00.001-03:002011-02-26T19:48:05.362-03:00Fale sério<div style="text-align: justify;"><strong><em><span style="font-size: large;">Artigo publicado no dia 15/02/2011, no jornal Folha de S.Paulo, no caderno Equilíbrio</span></em></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>A criança não acalma sua angústia quando desconfia que os pais dizem qualquer coisa para ela e não a verdade</em></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em>ALGUNS ANOS ATRÁS, a mãe de uma garotinha que tinha quatro anos na época veio me contar que ficara muito impressionada com um fato que havia acontecido. Fazia um tempo que o casal tentava um segundo filho, mas até então a gravidez não ocorrera. Finalmente, surgiu um sinal: a menstruação dela estava atrasada.</em></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A primeira providência foi ir ao médico, fazer o teste e aguardar pelo resultado com ansiedade. No dia em que a mulher ia receber o resultado do laboratório, a filha dela amanheceu chorosa e não quis ir para a escola. A mãe decidiu ficar com a filha em casa e logo a garota ficou melhor. De repente, a menina diz: "Eu não quero ter um irmãozinho".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A mãe ficou perplexa, porque não imaginava que a filha tivesse qualquer indício do que estava acontecendo. Prontamente, ela deu uma resposta qualquer que nem ela mesma se lembrava qual havia sido, mas que nenhuma relação tinha com o que a filha havia dito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sim: as crianças, principalmente as pequenas, estão sempre estreitamente ligadas aos seus pais e conseguem, à sua maneira, entender tudo o que se passa com eles. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É o relacionamento com os pais e com os adultos importantes em sua vida cotidiana - como os professores, por exemplo- o maior responsável pelo saudável desenvolvimento das crianças. E isso inclui os diálogos que ocorrem entre eles e, principalmente, a percepção que a criança tem a respeito das atitudes desses adultos que convivem com ela.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando a criança percebe que seus pais estão envolvidos com a possibilidade de uma gravidez, como no caso citado, ela expressa sua angústia em relação a isso. Se não tem possibilidades de desenvolver uma conversa a esse respeito, em que possa ouvir e falar mais, o que pode acontecer? Primeiramente, a criança perde um pouco da confiança que tinha nos pais. E, caro leitor, a confiança nos adultos que convivem com a criança é o que a sustenta neste mundo, é o que lhe permite sentir-se segura para enfrentar o que a vida lhe apresenta.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ter de resistir a um impulso, não poder realizar na hora em que quer algo que tem vontade, ter de esperar por algo, entre tantas outras coisas, são situações muito difíceis para a criança. Quando ela sabe que conta com adultos confiáveis, tudo fica mais tranquilo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após começar a perder a confiança que depositava nos adultos, o segundo passo é a criança passar a desenvolver desconfiança em relação a eles. Você imagina o que isso significa para uma criança?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se ela precisa ir para a escola e não quer, e os pais dizem que isso é bom para ela, o mesmo em relação ao médico etc., a criança não consegue acalmar a sua angústia, porque desconfia que os pais dizem qualquer coisa para ela -e não palavras verdadeiras. O impacto que isso provoca no desenvolvimento emocional dela é grande. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por fim, a criança perde o respeito pelos adultos, quando percebe que eles não a levam a sério. O resultado disso é um sentimento de abandono: a criança se sente sozinha em suas questões com a vida e consigo mesma. As consequências dessa perda podem assumir variadas formas na vida da criança e, certamente, nenhuma delas contribui para um desenvolvimento saudável. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ao dialogar com a criança, pais e professores precisam prestar muita atenção nela. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ouvir verdadeiramente o que ela expressa pela linguagem verbal ou por qualquer outra permite um encontro significativo entre ambos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E é isso que ajuda a criança a construir histórias sobre sua vida, a desenvolver sua inteligência e sua vida social e, principalmente, a encontrar-se cada vez mais consigo mesma. Isso é tudo o que ela precisa para crescer bem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><strong>ROSELY SAYÃO</strong> é psicóloga e autora de </div><div style="text-align: right;">"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)</div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-44335293497238036192011-02-09T20:48:00.010-02:002011-02-26T19:50:01.841-03:00O que não mata faz crescer<div style="text-align: justify;"><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Artigo publicado na Folha de S. Paulo, Caderno Equilíbrio, de 08/02/2011</strong></span></em></div><div style="text-align: justify;"><br />
<em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A criança precisa exercitar paciência, esforço e outros pequenos sofrimentos para se desenvolver </span></em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUEM TEM FILHOS com idade entre seis e 12 anos, mais ou menos, precisa pensar seriamente que, nessa fase da vida, o importante é crescer.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem sido muito difícil para essas crianças encontrar oportunidades que as ajudem durante esse processo, porque temos escolhido, muitas vezes, impedir que isso aconteça na hora certa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temos atrapalhado o crescimento dos nossos filhos, esse é o fato.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tomemos como exemplo uma parte importante da experiência das crianças nessa fase, e que deveria ser a sua grande chance de crescimento: a vida escolar.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Primeiramente, vamos entender os motivos disso.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É a partir dos seis, dos sete anos que a criança inicia o período escolar, um processo que deve possibilitar a ela, progressivamente, o acesso aos códigos que, por sua vez, lhe permitirão decifrar o mundo adulto.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aprender a trabalhar com as letras e os números, com um grau cada vez maior de complexidade, é o que oferece à criança a ferramenta necessária para que ela comece a fazer a sua leitura de mundo, no mais amplo sentido que essa expressão possa ter.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, ainda, com o necessário apoio dos adultos, é importante ressaltar.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa nova aquisição possibilita, por sua vez, que a criança ganhe condições de começar a andar com suas próprias pernas.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Até então, vamos lembrar, seus passos eram dirigidos por seus pais ou por outros adultos que acompanhavam de perto sua vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Junto com o entendimento mais bem informado do funcionamento do mundo e da compreensão de como a vida é, experiências novas surgem, é claro.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pequenos deveres e responsabilidades, por exemplo, passam a recair sobre a criança. Novas dificuldades e exigências também fazem com que a criança tenha de exercitar o que antes não precisava, porque cabia ao adulto: paciência, esforço, concentração, espera, superação, entre outros.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que fazemos nessas horas? Em vez de apoiar a criança, encorajá-la nessa sua nova empreitada, ampará-la em seus inevitáveis, mas ainda pequenos sofrimentos, achamos necessário fazer tudo isso por ela.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De quem é hoje a responsabilidade pela vida escolar dessas crianças? Delas? Dificilmente. São os pais quem tem assumido essa parte da vida por elas, devidamente incentivados pela escola e pela sociedade de uma maneira geral.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E por vida escolar vamos entender tudo o que diz respeito ao período passado na escola: desde a árdua batalha pela aquisição do conhecimento até o convívio com colegas e professores naquele espaço.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem sido dever dos pais, por exemplo, o acompanha</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">mento da realização do trabalho escolar que deve ser feito em casa. É dos pais também a preocupação com o rendimento e o desenvolvimento no processo da aprendizagem do filho, bem como o monitoramento do comportamento da criança no espaço escolar.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E o que dizer então a respeito da frustração ao não ser convidado para uma festa ou à experiência de isolamento na hora do recreio?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tudo isso e ainda mais os pais querem (ou são pressionados a) administrar na vida de seus filhos, nessa segunda e última parte da infância deles. E eles têm assumido tudo isso com orgulho, vamos reconhecer.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Resultado? A criança permanece aprisionada nesse mundo ilusório e mágico em que sempre tudo termina bem - e nunca por sua própria intervenção.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desse modo, ela não cresce, não desenvolve o seu potencial, tampouco reconhece esse potencial, enfim: não se encontra. Melhor dizendo: ela se encontra sempre na condição de criança, até o dia em que terá de enfrentar o tédio que isso é.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de</em></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)</em></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-55344914853555984202011-01-15T19:16:00.001-02:002011-01-15T19:17:37.804-02:00O Rei e o Mendigo<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Certa vez, um mendigo estava andando com um prato de arroz na mão, quando parou ao seu lado o Rei daquele lugar.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>O Rei pediu para o mendigo um pouco do seu arroz.</em></strong></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mendigo então olhou para o rei e pensou: “Ele pode ter de tudo o quiser” e foi bem mesquinho.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Pegou um único grão de arroz e deu ao Rei.</em></strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Rei, então, fechou o grão dentro da mão do mendigo tocou seu cavalo e foi embora.</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando o mendigo abriu a mão, levou um susto.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>O grão de arroz havia se transformado em uma pepita de ouro.</em></strong></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neste momento, o mendigo olhou para o prato de arroz e saiu correndo atrás do Rei, dizendo:</span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>-Por favor, Majestade, pare. Eu mudei de idéia, tome mais do meu arroz.</em></strong></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então o rei disse:</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>- Não. Você já recebeu tudo aquilo que colocou na vida, de bom grado e de bom coração.</em></strong></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que se recebe da vida é aquilo que nela se coloca primeiro, nem mais nem menos. É lei.</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>O que você tem colocado na vida ultimamente?</em></strong></span></div></div></div></div></div></div></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-31754255870787610762010-11-08T08:13:00.001-02:002010-11-08T08:14:35.137-02:00O amor precisa ser cultivado para brotar e gerar frutos<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><i><b><span style="font-size: small;">Artigo publicado no jornal Tododia, da região de Campinas, de 08/11/2010</span></b></i></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Às vezes, as crianças dizem coisas comoventes. Quero dividir com vocês a frase de uma menina de oito anos que me deixou muito feliz. Próximo ao dia das crianças, ela pediu à mãe uma boneca Barbie, do recém-lançado filme Moda e Magia. O custo do brinquedo não é nada acessível, então a mãe propôs que a filha escolhesse algo mais barato, esclarecendo que não tinha dinheiro suficiente para comprar aquela boneca. Conformada, a menina escolheu um jogo de canetinhas coloridas que podem ser usadas em azulejos, pois basta lavar com água e sabão que a tinta sai facilmente. Satisfeita com o seu presente, a menina convidou a mãe para tomar banho com ela. Poderiam brincar juntas fazendo desenhos na parede do banheiro. A mãe concordou e ambas tomaram um banho divertido. A brincadeira consistia em cada qual desenhar algo que a outra teria de adivinhar o que era. Assim, muitos desenhos foram feitos. Dando sequência à brincadeira, a menina fez algo semelhante a um coração. De cima, saía uma haste onde havia duas folhinhas. A mãe logo imaginou se tratar de um pêssego, no entanto, foi surpreendida pela resposta da filha: - Não, mãe. É um coração cultivado de amor! A mãe chorou de emoção diante das palavras da menina, pois percebeu que o amor é realmente uma construção, e precisa ser cultivado.<br />
<br />
Algumas pessoas me perguntam por que o mundo está superficial, violento, frio. Imaginam que o amor deveria solucionar todos os problemas, e o veem como algo mágico, pressupondo que brota das pessoas como a água da mina. Cometem um pequeno equívoco. As pessoas nascem capacitadas para amar, mas isso não quer dizer que sejam obrigadas a fazer essa escolha. Atualmente, muitos optam em seguir sozinhos (individualismo), deixando de lado ações comunitárias, altruístas e solidárias. Procuram a satisfação de seus próprios desejos (egoísmo), pouco se importando se ferem ou magoam as outras pessoas. Priorizam o aspecto financeiro (ter), ao invés de investirem em valores imutáveis e perenes, como a moral e a ética. Optam por acumular bens e riquezas, desejando sempre mais (ganância), quando poderiam partilhar os dons e talentos com os quais foram agraciados desde o nascimento. É uma questão de escolha.<br />
<br />
Para escolher o amor, precisamos conhecê-lo. Ele não brota simplesmente dos corações, mas precisa ser cultivado. A vivência do amor exige renúncia, principalmente ao egoísmo (amor-próprio), e atos de serviço (doação). Examine como é isso mesmo que acontece quando uma mulher se torna mãe. Ela cede o próprio corpo para o desenvolvimento de uma nova vida, suportando todos os incômodos advindos dessa situação. Posteriormente, ela continua se doando ao amamentar e cuidar de seu filho. Hoje em dia, muitas mulheres já estão fazendo outras escolhas. Algumas optam por não terem filhos. Outras por não amamentar. Muitas por deixar a criança aos cuidados de terceiros. Vai ficando difícil cultivar o amor, pois não existe tempo nem interesse para isso. Impressiono-me com tantas lamentações, já que o resultado dessas atitudes é tão óbvio. Só pode dar amor quem o recebeu, quem aprendeu e assimilou o significado de amar. Isso não me parece tão difícil de entender, já que a protagonista de nossa história tinha apenas 8 anos de idade. Vale ressaltar que somente corações cultivados podem dar frutos!</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><b>Maria Regina Canhos Vicentin</b>, Escritora</span></i></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-79942461337226207132010-10-24T19:26:00.000-02:002010-10-24T19:26:31.672-02:00Adolescência: partilhando a solidão<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Artigo publicado na Coluna Opinião, da Gazeta de Piracicaba, de 24/10/2010:</em></strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>Andrea R. Martins Corrêa</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É preciso olhar com mais cuidado para nossos adolescentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temos muitas informações sobre adolescência: uma fase de mudanças, de novas referências, de grupalização, de enfrentamento e timidez ao mesmo tempo, de encantamento com a sexualidade, de desejos e frustrações intensas. Apesar disso - ou até por isso -, não sabemos como lidar, como escutar ou mesmo falar com os adolescentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É urgente a necessidade de se criar canais de comunicação, incentivando os adolescentes a dizerem como vêem o mundo e o que dele esperam, como sentem a vida e o que pensam do futuro, como vivenciam as relações de amizade e de paixão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Através de diversos tipos de grupos, seja na escola, na academia, na balada ou em família, os adolescentes criam uma forma própria de se comunicar, que não prescinde, no entanto, da atenção e do acompanhamento dos adultos. Podemos e devemos tentar compreendê-los, mantendo-nos perto e longe, firmes e afetivos, fortes e frágeis. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitas vezes cobramos dos adolescentes posturas mais maduras diante dos problemas que a vida traz, mas não oferecemos recursos suficientes para que eles aprendam ou se disponham a enfrentar as dificuldades.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Optamos, nem sempre conscientemente, pela solidão, que pode muito bem ser saudável em determinados momentos, mas que torna-se motivo de grande angústia quando impede constantemente o compartilhar: cada um em um quarto, cada qual no seu mundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estar junto, partilhar as dores e sofrimentos, as alegrias e as vitórias, com palavras ou em silêncio, com gestos e olhares, com dúvidas, medo e vergonha ( muita vergonha! ), é ainda um caminho possível, uma trilha de pedras e cacos que pede nossa presença, paciência e amor.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em><span style="color: black;"><strong>Andrea R. Martins Corrêa</strong>, é psicóloga.</span></em></span></div><div style="text-align: right;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><a href="http://www.recriandovinculos.blogspot.com/"><em>www.recriandovinculos.blogspot.com</em></a></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-13885910654641414152010-10-22T21:07:00.004-02:002010-10-22T21:13:57.362-02:00MEIMEI (Irma de Castro Rocha)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzIpyTv5jGBAod-5a8XD1O0m80q9onvRUdGZezufbAM-S5O5pM2W2AASSV5ykDOKhCGSuHoPEoA9mjMT89sD8MVoEtB5TwGlPhdWQrBrwPvfHblvyDMlaa7mKmPAPXlFqybBdjsrHdqFwV/s1600/Meimei.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzIpyTv5jGBAod-5a8XD1O0m80q9onvRUdGZezufbAM-S5O5pM2W2AASSV5ykDOKhCGSuHoPEoA9mjMT89sD8MVoEtB5TwGlPhdWQrBrwPvfHblvyDMlaa7mKmPAPXlFqybBdjsrHdqFwV/s200/Meimei.jpg" width="149" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>RESUMO BIOGRÁFICO:</strong> <em>(*22/10/1922 - +01/10/1946)</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Homenageada por tantas casas espíritas, que adotam o seu nome; autora de vários livros psicografados por Chico Xavier, entre eles: "Pai Nosso", "Amizade", "Palavras do Coração", "Cartilha do bem", "Evangelho em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe" etc... e, no entanto, tão pouco conhecida pelos testemunhos que teve de dar quando em vida, Irma de Castro - seu nome de batismo - foi um exemplo de resignação ante a dor, que lhe ceifou todos os prazeres que a vida poderia permitir a uma jovem cheia de sonhos e de esperanças. Meimei nasceu em <strong><em>22 de outubro de 1922</em></strong>, na cidade de <strong><em>Mateus Leme - MG</em></strong> e transferiu residência para Belo Horizonte em 1934, onde conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade, tornando-se então, Irma de Castro Rocha. O casamento durou apenas dois anos, pois veio a falecer com 24 anos de idade, no dia <em><strong>01 de Outubro de 1946</strong></em>, na cidade de <strong><em>Belo Horizonte-MG</em></strong>, por complicações generalizadas devidas a uma nefrite crônica.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>A Origem da Doença</em></strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Durante toda a infância Meimei teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração dessas glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu em seu corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois o quadro complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão arterial e craniana.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>O Sofrimento</em></strong></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Devido à hipertensão, passou a apresentar complicações oculares, perdendo progressivamente a visão e tendo que ficar dia e noite em um quarto escuro, sendo que nos dois últimos dias de vida já estava completamente cega. Durante os últimos dias de vida, o sofrimento aumentou. Tinha de fazer exames de urina, sangue e punções na medula, semanalmente. Segundo Arnaldo Rocha, seu marido, Meimei viveu esse período com muita resignação, humildade e paciência.</span><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>O Desencarne</em></strong></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.</span><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Surge Chico Xavier </em></strong></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> <br />
<div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj945wLR1M8G_AdZSMlgay406G0-vZeAQowU2lpE9dxTU48Y8I9TNLwtgrFJT5IOkBvgXioGFrwxrwLRWeV0-L1senT9wUZMHf4868O_v-1x7Du0ac2Y1YcDw0uaXWDJOfNAsfbHcsJkWP7/s1600/Meimei+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="200" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj945wLR1M8G_AdZSMlgay406G0-vZeAQowU2lpE9dxTU48Y8I9TNLwtgrFJT5IOkBvgXioGFrwxrwLRWeV0-L1senT9wUZMHf4868O_v-1x7Du0ac2Y1YcDw0uaXWDJOfNAsfbHcsJkWP7/s200/Meimei+02.jpg" width="160" /></span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aproximadamente cinqüenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha, profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita, descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium até aquele momento. Quase dez anos atrás haviam-no apresentado a ele, muito rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos. O que aconteceu ali, naquele momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido: "Chico olhou-me e disse: "Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei"... Afagando-me, com a ternura que lhe é própria, foi-me dizendo: "Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira." E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara, Chico lhe disse: - Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!"</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas de Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela é a mesma Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus.</span><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enfim, para concluir, resta apenas dizer que <strong><em>"Meimei"</em></strong> era um apelido carinhoso que o casal Arnando-Irma passou a usar, após a leitura de um conto chamado "Um Momento em Pequim", de autor americano. Ambos passaram a se tratar dessa forma: "Meu Meimei". E, segundo Arnaldo, Chico não poderia saber disso.</span><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>(<strong>Meimei</strong> - expressão chinesa que significa <strong>"amor puro"</strong>) </em></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Materialização de Meimei</em></strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Uma noite, sentimos um delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando percebi que o corredor ia se iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma lanterna. Subitamente, a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois, a sala iluminou-se novamente. No centro dela, havia como que uma estátua luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços e, elegantemente, etereamente, o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo cair uma cascata de lindos cabelos pretos, até a cintura. Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa! Levantei-me para abraçá-la e senti o bater de seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela acariciou o meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser. Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes, em sua tênue feminilidade, disse-me: - "Ora, meu Meimei, aqui também nos preocupamos com a apresentação pessoal! A ajuda aos nossos semelhantes, o trabalho fraterno fazem-nos mais belos e, afinal de contas, eu sou uma mulher! Preparei-me para você, seu moço! Não iria gostar de uma Meimei feia!"</span><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em><strong>Texto de Arnaldo Rocha</strong>. Trecho do livro <strong>"Chico Xavier - Mandato de Amor"</strong>.</em></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><em>União Espírita Mineira - Belo Horizonte, 1992.</em></span></span></div></div></div></div></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-17327964148532260742010-10-15T20:51:00.001-03:002010-10-16T17:26:11.763-03:00Fotos da Biblioteca<div align="center"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Fotos da Biblioteca Infantil e Trabalhadoras</em></strong></span></div><div align="center"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4HD4DhQtFgnsf9LUPIPfyqDY5r4u84C0clVXmcUSXip3yq5m0lL4whyphenhyphenqrO0Z4Ju4dfQ0LgqZXnhkyIJGxiXxgYqiK6Lx2m0SalkDssF-PWu0m0tuWruemgJZLSKXv6qsWDpeBfdE2m0mj/s1600/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+008.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4HD4DhQtFgnsf9LUPIPfyqDY5r4u84C0clVXmcUSXip3yq5m0lL4whyphenhyphenqrO0Z4Ju4dfQ0LgqZXnhkyIJGxiXxgYqiK6Lx2m0SalkDssF-PWu0m0tuWruemgJZLSKXv6qsWDpeBfdE2m0mj/s400/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+008.JPG" width="300" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcEqjUaUAegg90IJ8m6zSL04hCAespSG70-E2F8GALm2inUqBdFZWeqiilhM8eV577yhIwliFjIrSbW71ozisXeogfqmwtO4hYYDz8UsjZdqgc1KQq5cprPnaHFdHFslqoORnNVUo70_tM/s1600/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+009.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcEqjUaUAegg90IJ8m6zSL04hCAespSG70-E2F8GALm2inUqBdFZWeqiilhM8eV577yhIwliFjIrSbW71ozisXeogfqmwtO4hYYDz8UsjZdqgc1KQq5cprPnaHFdHFslqoORnNVUo70_tM/s400/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+009.JPG" width="300" /></a></div><div align="center"><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><strong>Da esquerda para a direita: </strong>Vitória e Benigna</span></em></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-85233655137801133442010-10-15T18:49:00.005-03:002010-10-16T17:29:51.393-03:00Fotos dos Trabalhadores<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Estas são as fotos de alguns dos nossos trabalhadores</em></strong></span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieMAr2Z5ziBxm43ZYTYCHWUSBcy-sYKoVnWiOYAbnkx5ao-7vS9D3pk2DwJ-tE8Im3vLuzVmRYtj-Pd2ElwX29wHZYjuk2CLPVElJCELJVsN8o4QpykUkY7UJvjU9Zw31OTKIVgtMG7M7X/s1600/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+063.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieMAr2Z5ziBxm43ZYTYCHWUSBcy-sYKoVnWiOYAbnkx5ao-7vS9D3pk2DwJ-tE8Im3vLuzVmRYtj-Pd2ElwX29wHZYjuk2CLPVElJCELJVsN8o4QpykUkY7UJvjU9Zw31OTKIVgtMG7M7X/s400/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+063.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Da esquerda para direita em pé:</strong> Glaucia, Ivan, Esther, Beth,</span></span></em></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Valquiria, Benigna, Paulo e Assahi</span></span></em></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Da equerda para direita sentados:</strong> Suzana, Demetrius,</span></span></em></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Lucas Capovilla, Márcia, Nelise e Thais</span></span></em></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPs45uIxbXkSszQhBNpbffqiQSeyJs06RBlBzvPCBD5n18eOhl6R93R8Riip-mi9KsOU5Hi3yo54_2I55eE4sNsIaCWHrC018jaUU3xwgAAfvy3rRs09DPqyhWulPNSqiOLZaE6g3K8pha/s1600/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+065.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPs45uIxbXkSszQhBNpbffqiQSeyJs06RBlBzvPCBD5n18eOhl6R93R8Riip-mi9KsOU5Hi3yo54_2I55eE4sNsIaCWHrC018jaUU3xwgAAfvy3rRs09DPqyhWulPNSqiOLZaE6g3K8pha/s400/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+065.JPG" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em><strong>Da esquerda para direita em pé:</strong> Glaucia, Ivan, Esther, Cidinha,</em></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>Beth, </em></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>Valquiria, </em></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>Benigna, Paulo e Assahi</em></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em></em></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em><strong>Da equerda para direita sentados:</strong> Suzana, Demetrius,</em></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>Lucas Capovilla, </em></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><em>Márcia e Nelise</em></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;"><em>"Pequeninos hoje, Esperança do amanhã."</em></span><br />
<span style="font-family: Verdana;"><em>(<strong>Beth</strong>, trabalhadora)</em></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-78036668507397938362010-10-15T18:38:00.002-03:002010-10-16T17:30:18.665-03:00Fotos do Mural<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em><strong>Este é o nosso mural, que fica no corredor do andar térreo da nossa Casa</strong>.</em></span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMYcFrAFNLxop37hSv1bcVwsP4vaCTCiKe0CesworQ-czVzSCcAnM7O0rkFd3hKXvi5VN58dG8RbKejmNyLPMb6BcF1FlaXXfmTHQass573-k9ZaYU4qQhaNqcSN9kam3KHiYX9Tytl4wQ/s1600/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+028.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMYcFrAFNLxop37hSv1bcVwsP4vaCTCiKe0CesworQ-czVzSCcAnM7O0rkFd3hKXvi5VN58dG8RbKejmNyLPMb6BcF1FlaXXfmTHQass573-k9ZaYU4qQhaNqcSN9kam3KHiYX9Tytl4wQ/s400/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+028.JPG" width="300" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSrStvjAdtu-s3aw2OwuWOrk6cKZnrjj2yaj2JCMdgEmCCCvYRCuABAbTeBGFQ5Hucsk1Yy35sVpAcOOOwrTsZQaKh0Jlt1z60nSZJWjtSRz0LGDx_s_1_A-gYuVxMb1kHp6AP4SAorXHF/s1600/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+027.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSrStvjAdtu-s3aw2OwuWOrk6cKZnrjj2yaj2JCMdgEmCCCvYRCuABAbTeBGFQ5Hucsk1Yy35sVpAcOOOwrTsZQaKh0Jlt1z60nSZJWjtSRz0LGDx_s_1_A-gYuVxMb1kHp6AP4SAorXHF/s400/Blog+Evangeliza%C3%A7%C3%A3o+027.JPG" width="300" /></a></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463733976243867070.post-52323969419226149582010-10-15T18:31:00.005-03:002011-01-05T22:17:53.869-02:00Evangelização Infantil - NFS<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há tempos, que estavamos procurando uma forma carinhosa e alegre, de fazermos uma divulgação maior do nosso trabalho na Evangelização Infantil, do Núcleo Fraterno Samaritanos, São Paulo, Capital.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Daí surgiu a ideia de tirarmos fotos dos trabalhadores, e postarmos neste Blog da Evangelização, para que todos que aqui visitem, nos conheçam. E que compartilhem da nossa alegria e motivação de ajudarmos essas crianças e jovens.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As fotos que vocês visualizarem nos próximos posts, foram tiradas no último dia 09 de outubro de 2010, um sábado, em uma manhã fria.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><b>Educar</b> deve ser uma ação, antes de mais nadam recheada de</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>alegria e motivação! (Tatiana Benites)</i></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><i><b>Equipe da Evangelização Infantil</b></i></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><i>Núcleo Fraterno Samaritanos</i></span></div>Cidinha de Souzahttp://www.blogger.com/profile/02520220067845072250noreply@blogger.com0