Como é de conhecimento de todos nós, a criança tem um papel muito importante no futuro da humanidade. Esta realidade nos faz pensar e analisar o quanto foi feito e ainda há por fazer. E nós já demos os primeiros passos. Vemos que várias crianças estão preocupadas com este futuro; e estão conscientes que este mundo será para elas, tornam-se preocupadas com justiça, solidariedade, ecologia, etc.
Vários segmentos religiosos se preocupam com este futuro. Para nós, no Espiritismo, não poderia ser diferente.
Não conhecemos a vida só do berço ao túmulo, mas sabemos que nossos espíritos não têm a idade do nosso corpo, mas sim séculos e séculos, portanto, se o nosso espírito é milenar, o de nossas crianças também. Aprendemos entre tantas coisas nesta Doutrina maravilhosa, que a cada existência vamos adquirindo mais conhecimentos e experiências; não regredimos, podemos estacionar, mas regredir, jamais.
“O Livro dos Espíritos” explica que a infância é um período que o espírito se torna maleável, mais fácil de adquirir virtudes, recebe melhor o conselho dos pais. Fala-nos também da grande responsabilidade dos pias na educação dos seus filhos, dando-nos até um consolo: se tudo fazemos e ensinamos aos nossos filhos e eles não fizeram bom uso de nossos conselhos, a vida se encarregará de lhes mostrar o caminho, muitas vezes, pela dor.
Jesus nos disse “A quem muito se deu muito será pedido”. Quando ouvimos isso, trememos: O que será que Ele vai nos pedir? Nada do que não possamos oferecer; ora, se acreditamos no Espiritismo, se recebemos tanto dele, por que não oferecer esta dádiva às nossas crianças, fazendo com que desde pequenas conheçam um Deus que é amor; não um tirano que nos castiga e nos manda pro inferno, ensinando-lhes que amando seus semelhantes e a natureza, é amar e respeitar a Deus, e a partir dessa base será fácil encaminhar os outros assuntos que virão vida afora.
Richard Simonetti, no livro “A Constituição Divina”, nos diz que a Evangelização Espírita tem condições de mudar certas atitudes nas crianças, para que mais tarde não entrem no vício, mas, essa mudança não é porque obrigamos a isso ou aquilo, ou que se não fizerem pagarão caro por isso, mas porque ela nos dá conhecimento das leis naturais e assim, conhecendo-as, conhecerão naturalmente as conseqüências.
Geralmente queremos resultados rápidos de tudo o que fazemos na vida, mas às vezes, os resultados são lentos, contudo duradouros. Vejamos por exemplo, um caso de um curso japonês para se aperfeiçoar em matérias escolares. Ele não tem um tempo certo para terminar, respeita a individualidade de cada criança; não terá uma uma festa de formatura, mas os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo do curso são duradouros (fixam no cérebro para sempre). Assim é a nossa Evangelização; os resultados vão aparecendo aos poucos e ficarão para a vida toda.
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