Artigo publicado no jornal Tododia, da região de Campinas, de 08/11/2010
Às vezes, as crianças dizem coisas comoventes. Quero dividir com vocês a frase de uma menina de oito anos que me deixou muito feliz. Próximo ao dia das crianças, ela pediu à mãe uma boneca Barbie, do recém-lançado filme Moda e Magia. O custo do brinquedo não é nada acessível, então a mãe propôs que a filha escolhesse algo mais barato, esclarecendo que não tinha dinheiro suficiente para comprar aquela boneca. Conformada, a menina escolheu um jogo de canetinhas coloridas que podem ser usadas em azulejos, pois basta lavar com água e sabão que a tinta sai facilmente. Satisfeita com o seu presente, a menina convidou a mãe para tomar banho com ela. Poderiam brincar juntas fazendo desenhos na parede do banheiro. A mãe concordou e ambas tomaram um banho divertido. A brincadeira consistia em cada qual desenhar algo que a outra teria de adivinhar o que era. Assim, muitos desenhos foram feitos. Dando sequência à brincadeira, a menina fez algo semelhante a um coração. De cima, saía uma haste onde havia duas folhinhas. A mãe logo imaginou se tratar de um pêssego, no entanto, foi surpreendida pela resposta da filha: - Não, mãe. É um coração cultivado de amor! A mãe chorou de emoção diante das palavras da menina, pois percebeu que o amor é realmente uma construção, e precisa ser cultivado.
Algumas pessoas me perguntam por que o mundo está superficial, violento, frio. Imaginam que o amor deveria solucionar todos os problemas, e o veem como algo mágico, pressupondo que brota das pessoas como a água da mina. Cometem um pequeno equívoco. As pessoas nascem capacitadas para amar, mas isso não quer dizer que sejam obrigadas a fazer essa escolha. Atualmente, muitos optam em seguir sozinhos (individualismo), deixando de lado ações comunitárias, altruístas e solidárias. Procuram a satisfação de seus próprios desejos (egoísmo), pouco se importando se ferem ou magoam as outras pessoas. Priorizam o aspecto financeiro (ter), ao invés de investirem em valores imutáveis e perenes, como a moral e a ética. Optam por acumular bens e riquezas, desejando sempre mais (ganância), quando poderiam partilhar os dons e talentos com os quais foram agraciados desde o nascimento. É uma questão de escolha.
Para escolher o amor, precisamos conhecê-lo. Ele não brota simplesmente dos corações, mas precisa ser cultivado. A vivência do amor exige renúncia, principalmente ao egoísmo (amor-próprio), e atos de serviço (doação). Examine como é isso mesmo que acontece quando uma mulher se torna mãe. Ela cede o próprio corpo para o desenvolvimento de uma nova vida, suportando todos os incômodos advindos dessa situação. Posteriormente, ela continua se doando ao amamentar e cuidar de seu filho. Hoje em dia, muitas mulheres já estão fazendo outras escolhas. Algumas optam por não terem filhos. Outras por não amamentar. Muitas por deixar a criança aos cuidados de terceiros. Vai ficando difícil cultivar o amor, pois não existe tempo nem interesse para isso. Impressiono-me com tantas lamentações, já que o resultado dessas atitudes é tão óbvio. Só pode dar amor quem o recebeu, quem aprendeu e assimilou o significado de amar. Isso não me parece tão difícil de entender, já que a protagonista de nossa história tinha apenas 8 anos de idade. Vale ressaltar que somente corações cultivados podem dar frutos!
Algumas pessoas me perguntam por que o mundo está superficial, violento, frio. Imaginam que o amor deveria solucionar todos os problemas, e o veem como algo mágico, pressupondo que brota das pessoas como a água da mina. Cometem um pequeno equívoco. As pessoas nascem capacitadas para amar, mas isso não quer dizer que sejam obrigadas a fazer essa escolha. Atualmente, muitos optam em seguir sozinhos (individualismo), deixando de lado ações comunitárias, altruístas e solidárias. Procuram a satisfação de seus próprios desejos (egoísmo), pouco se importando se ferem ou magoam as outras pessoas. Priorizam o aspecto financeiro (ter), ao invés de investirem em valores imutáveis e perenes, como a moral e a ética. Optam por acumular bens e riquezas, desejando sempre mais (ganância), quando poderiam partilhar os dons e talentos com os quais foram agraciados desde o nascimento. É uma questão de escolha.
Para escolher o amor, precisamos conhecê-lo. Ele não brota simplesmente dos corações, mas precisa ser cultivado. A vivência do amor exige renúncia, principalmente ao egoísmo (amor-próprio), e atos de serviço (doação). Examine como é isso mesmo que acontece quando uma mulher se torna mãe. Ela cede o próprio corpo para o desenvolvimento de uma nova vida, suportando todos os incômodos advindos dessa situação. Posteriormente, ela continua se doando ao amamentar e cuidar de seu filho. Hoje em dia, muitas mulheres já estão fazendo outras escolhas. Algumas optam por não terem filhos. Outras por não amamentar. Muitas por deixar a criança aos cuidados de terceiros. Vai ficando difícil cultivar o amor, pois não existe tempo nem interesse para isso. Impressiono-me com tantas lamentações, já que o resultado dessas atitudes é tão óbvio. Só pode dar amor quem o recebeu, quem aprendeu e assimilou o significado de amar. Isso não me parece tão difícil de entender, já que a protagonista de nossa história tinha apenas 8 anos de idade. Vale ressaltar que somente corações cultivados podem dar frutos!
Maria Regina Canhos Vicentin, Escritora
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